sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Moçambique foi o estado que melhor resistiu a crise financeira na África Subsariana

Maputo, 2 Dez (AIM) - Moçambique foi o Estado que mais resistiu à crise financeira e económica mundial na África Subsariana e antecipou boas perspectivas de recuperação económica do país nos próximos anos, revela um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O balanço das perspectivas africanas de desenvolvimento consta do relatório de 2010 do FMI sobre a economia mundial, denominado 'Perspectivas Económicas para a África Subsariana', lançado na passada sexta-feira, na capital moçambicana.

Segundo a avaliação do FMI, o continente africano está a registar uma recuperação económica, estimando-se, para 2010, um crescimento de 5 por cento e de 5,5 por cento no próximo ano.

O representante do FMI em Moçambique, Victor Lledó, assinalou que o crescimento da economia na maioria dos países da região poderá atingir níveis mais altos que os registados em meados da década de 2000.

'Esta nova elasticidade africana pode ser explicada em melhores condições iniciais, nomeadamente, níveis de crescimento económico mais elevados, níveis de preços estáveis, dívida pública sustentável, reservas internacionais confortáveis, observados na maior das regiões no período anterior à crise', afirmou.

O FMI recomendou que as políticas fiscais expansionistas africanas sejam moderadas, para que as finanças públicas retomem uma trajectória sustentável e os níveis de endividamento público continuem administráveis.

Na ocasião, Victor Lledó considerou 'sustentável' a dívida externa de Moçambique, que se situa actualmente em 3,3 mil milhões de dólares, depois de ter atingido 6,1 mil milhões de dólares em 1999, altura em que “o país acelerou o seu endividamento junto a credores bilaterais e multilaterais”.

Lledó disse ainda que por o seu stock actual ser sustentável, “o país pode endividar-se mais no exterior para realizar com sucesso o seu programa de luta contra a pobreza, desde que o pagamento seja feito pelas entidades beneficiárias e não seja dívida assumida pelo Estado”.
(AIM)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MOÇAMBIQUE EVOLUIU 7 LUGARES NO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Moçambique evoluiu sete lugares no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2010, um documento de 253 páginas, que avalia um total de 169 nações. O documento foi ontem lançado em todo o mundo pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da População (PNUD). Com esta evolução, o país passou da posição 172, que ocupava em 2009, para a posição 165, no relatório de 2010.
Essa subida é resultado esforço que o governo tem vindo a desenvolver para melhoria da qualidade de vida dos Moçambicanos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ONU: Moçambique é "exemplo" de crescimento económico entre países com longos períodos de penúria alimentar

Moçambique é um "exemplo" a seguir no que diz respeito ao crescimento económico e à redução da pobreza entre os países que atravessaram longos períodos de penúria alimentar, destaca um relatório da ONU hoje divulgado em Roma.

O novo relatório da Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO), que analisa a situação da insegurança alimentar no mundo, destaca que desde a assinatura dos acordos de paz, em 1992, Moçambique "gozou de um período de notável estabilidade e converteu-se num caso de êxito em termos de crescimento económico e redução da pobreza".

Referindo o exemplo de Moçambique, o documento aponta que os países "podem sair de situações de crise prolongada", desde que tenham "uma governação melhorada", compreendam "as causas estruturais da crise" e as abordem com "medidas normativas sólidas".

"A participação das comunidades locais e a melhoria da coordenação entre doadores são também fundamentais", acrescenta a FAO.

O documento, lembra que Moçambique alcançou um "crescimento médio de oito por cento por ano entre 1996 e 2008", e que a produção agrícola moçambicana registou, a partir de 1992, "um aumento anual de 5,6 por cento, sobretudo graças à expansão da área de cultivo e ao aumento da mão de obra e produtividade agrícolas".

"A pobreza diminuiu 15 por cento entre 1997 e 2003, e registou-se um melhoria notável dos indicadores de desenvolvimento humano nas áreas da educação, mortalidade infantil e no acesso à água potável", refere a FAO, que destaca ainda que a incidência da fome no país "continua a diminuir de maneira constante".

A FAO salienta que o "caso bem sucedido de recuperação" de Moçambique deveu-se a diversos factores como a "estabilidade macro-económica, a reforma normativa, o investimento governamental em favor da população pobre e uma ajuda massiva de apoio ao desenvolvimento socio-económico".

Outro "aspecto fundamental" para a recuperação pós conflito, segundo o documento, foi o "esforço realizado para resolver as questões relativas ao acesso à terra", bem como a "solidez da coordenação e harmonização dos doadores no apoio aos programas governamentais".

A política agrária moçambicana, que entrou em vigor em 1997 e "conseguiu manter a ordem e a segurança alimentar e fomentar novos investimentos", é também apontada pela FAO como uma "peça chave" para os progressos alcançados.

"Este marco ajudou, em grande medida, a promover uma via mais equitativa e sustentável face ao crescimento económico e desenvolvimento social num país com uma população predominantemente rural", refere o relatório.

No início de Setembro, uma manifestação popular contra o aumento do custo de vida em Moçambique resultou em confrontos entre populares e a polícia, que se saldaram em 18 mortes (segundo fontes clínicas, o Governo só reconhece 14) e centenas de feridos e detidos. Fonte: Rádio Moçambique

Ps. Este é um relatório da FAO, instituição de reconhecido mérito

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ELOGIO DE OBAMA MOSTRA QUE MOÇAMBIQUE ESTÁ A AVANÇAR

Maputo, 24 Set (AIM) – O Presidente da República, Armando Guebuza, disse que o reconhecimento do seu homólogo norte-americano em relação a abrangência das políticas de Moçambique na erradicação da pobreza demonstra que o país está a crescer.

Falando quinta-feira em Nova Iorque, o presidente norte-americano, Barack Obama, considerou Moçambique como um dos poucos países africanos com uma política económica com uma base alargada que os permite dar passos largos na erradicação da pobreza, incluindo a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Obama elogiou um grupo de países, que tambem inclui o Malawi, Etiópia e Tanzânia, quando discursava durante a cimeira das Nações Unidas sobre os ODM, um evento no qual Moçambique fez-se representar pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Odelmiro Baloi.

O estadista norte-americano vincou que, no meio de inúmeros problemas globais, estes países africanos adoptaram políticas de crescimento económico assentes numa base alargada que os coloca na marcha acelerada rumo à erradicação da pobreza.

Reagindo a esses elogios, o estadista moçambicano disse hoje em Maputo que essas declarações “mostram claramente que o país está a avançar rapidamente”, apesar dos problemas existentes e que são típicos do processo de desenvolvimento.

A título de exemplo, Guebuza apontou o caso da cidade de Maputo, que nos últimos anos tem estado a registar um crescimento significativo, particularmente na área de construção de infra-estruturas e com impacto na oferta de emprego.

Segundo o Presidente moçambicano, este crescimento não é exclusivo a cidade de Maputo, uma vez que as outras províncias do país estão a avançar e as declarações de Barack Obama mostram que os Estados Unidos da América (EUA) têm estado a acompanhar esses progressos.

O EUA é um dos grandes parceiros de cooperação de Moçambique, com projectos em diversos sectores, incluindo o de recursos minerais e na agricultura.

Na área dos recursos minerais destaca-se a presença no país da companhia Anadarko, que em Agosto passado, descobriu a existência de petróleo na Bacia do Rovuma, norte de Moçambique, estando agora a fazer pesquisas adicionais para apurar se as quantidades deste recurso justificam uma exploração comercial.

No ramo da agricultura, Guebuza falou da existência de um investidor americano com um projecto de produção de soja para o fabrico de ração animal. Com este projecto, Moçambique poderá ser auto-suficiente carne de frango, por exemplo, e, eventualmente passar a exportar este produto alimentar para outros países.

“Isto mostra que o país está a avançar, apesar do cepticismo existente. E todos nós devemos apoiar esses esforços de desenvolvimento do país”, frisou o estadista moçambicano.
(AIM)
MM/SG

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sorry, Mr. President!

“Nós somos a favor de uma punição severa a todos os barões de droga, mas não somos irresponsáveis para aplaudir uma irresponsabilidade de sentenciar pessoas que nunca foram julgadas, nunca foram ouvidas, nunca os seus respectivos governos foram convidados a colaborar na investigação. Jamais, faremos isso.

Aliás, anualmente, o próprio Departamento de Tesouro americano retira da lista dos barões de droga vários cidadãos estrangeiros, que lá constavam por erro dos próprios investigadores americano.
Em 2008, foram retirados da lista de barões de droga 141 nomes de individualidades estrangeiras. Em 2009, foram retirados 60 nomes, de acordo com o site:www.treas.gov/offices/enforcment/ofac/actions ou www.treas.gov/offices/enforcementlofac/reports/narco.

Quer dizer, elabora-se uma lista de indivíduos estrangeiros a quem se apelida de barõe de droga, seguindo critérios estritamente americanos. Os mencionados ficam arruinados na sua reputação, os seus negócios vão todos à falência. Eles reagem, escrevendo ao Tesouro americano a solicitar evidências. Depois de muita troca de correspondência, que pode levar anos, as autoridades americanas chegam à conclusão de que não possuem evidências e que o nome da pessoa foi lá metido por erro de investigação e...acabou-se!!
Sorry,Mr.President,butyouseemverywrong” Editorial do Magazine Independente de 09.06.2010

Ps. O Moyana traduziu, a letra, aquelas que eram as minhas principais ideias:
1. Sou pela punição severa de todos barões da droga.
2. No entanto, não se pode cometer a irresponsabilidade de acusar pessoas sem mostrar as provas ou dar-lhe oportunidade para se defenderem.
3. Os EUA trataram este caso duma forma leviana.
4. Se provarem que o nome do Bachir foi erradamente colocado nessa lista, ninguém irá indemnizá-lo pelos danos causados a sua imagem e aos seus negócios.
5. Os nossos analistas esqueceram-se do artigo 51 da Constituição da República que estabelece que "os arguidos gozam de presunção de inocência até decisão judicial definitiva".

segunda-feira, 7 de junho de 2010

QUESTIONANDO A EXISTÊNCIA DE CAMPOS DE TREINO DA AL-QAEDA EM MOÇAMBIQUE

Por Gustavo Mavie

Maputo, 06 Jun (AIM) – Quando li a notícia veiculada em primeira mão
pelo dominical sul-africano “Sunday Times”, sobre a existência de
campos de treino da al-Qaeda em Tete e Nampula, a minha experiência
jornalística impeliu-me a suspeitar que poderia tratar-se de mais uma
notícia forjada, com a única intenção de prejudicar a imagem de um
país que alguém não gosta.

Agora, na posse de mais factos, estou cada vez mais convencido que a
referida notícia é forjada e que visa matar com uma só cajadada, dois
coelhos.

A meu ver, um dos coelhos é associar o nosso país com a grande festa
do futebol mundial que, actualmente, prende a atenção de milhões no
mundo inteiro e assim afectar a boa imagem que o nosso Moçambique
desfruta além fronteiras, por ser um dos poucos que conseguiu se
reerguer do profundo abismo da guerra de desestabilização que havia
sido atirado pelos seus inimigos.


Aliás, não faz sentido que uma Agência de Inteligência de um país que
está à caça da al-Qaeda usando todos os meios existentes no mundo – no
caso vertente EUA – descubra dois campos de treino desta organização,
e não tome medidas para a sua destruição ou eliminação física dos
treinadores e seus formandos, limitando-se apenas à divulgação de uma
notícia sobre a sua alegada descoberta.

.

Assim, pode-se concluir que pelo carácter imperativo com que os EUA se
têm empenhado para eliminar a al-Qaeda no Planeta, se tivesse
detectado a presença de seus campos de treino no nosso país, o
Presidente norte americano Barak Obama teria contactado imediatamente
o seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza, para ter dele “luz verde”
para aniquilar qualquer ameaça do Mundial de Futebol, onde estarão
presentes jogadores e adeptos do mundo inteiro e não apenas de África.

Mas pelo que nos deu a conhecer o nosso Presidente, ele desconhece a
existência dos alegados campos, daí que duvida mesmo dessa descoberta.



O que se pretende com este tipo de notícias, é apagar esta boa imagem
fruto dos nossos esforços para resgatar a paz, nosso empenho na
reconciliação e reconstrução do nosso país.


Assim dito, se a NEFA tivesse detectado os referidos campos em
Moçambique, ela própria e o governo de Washington teriam informado
imediatamente as autoridades moçambicanas e sul-africanas, bem como a
FIFA e a Polícia Internacional (Interpol).

Mas pelo que foi dito pelos governos dos dois países, não se fez nada disso.

Associando os factos, e em função da lógica da segurança mundial,
sinto-me impelido a dizer que essa Fundação norte-americana não
detectou nenhum campo de treino da al-Qaeda em Moçambique, e que se
houver algum ataque terrorista contra o Mundial, certamente que não
terá nada a ver com pessoas treinadas no nosso país.

.....E A FALTA DE EVIDÊNCIAS À ACUSAÇÃO DE OBAMA CONTRA BACHIR E O SEU GRUPO MBS

Outra revelação eivada de um cariz infundado, ou pelo menos que não se
apoia em evidências credíveis, é a acusação que os EUA fazem contra o
empresário moçambicano Mohamad Bachir Sulemane, cujas iniciais MBS dão
nome ao conglomerado dos seus negócios.

Para mim, esta acusação peca por não se valer de provas, o que evoca
aquilo que os EUA fizeram contra o agora enforcado Saddam Hussein, a
quem acusaram então de ser um barão de armas de destruição em massa.

A semelhança de Saddam Hussein, Washington limita-se a acusar o
empresário moçambicano de ser um barão de droga, uma acusação que
carece de provas, do mesmo modo que nunca apresentaram provas contra o
líder iraquiano.



Para o seu bem, aconselho Obama a não acreditar cegamente nos
relatórios que lhe são enviados pelos seus agentes diplomáticos em
Maputo, porque alguns deles já provaram que têm muita dose de
“Jetismo”, e que passam o seu tempo a forjar relatórios que não
reflectem a realidade.

Caso não apresente provas, será visto como tendo metido o pé na mesma poça em
que meteu o seu antecessor, por ter acusado Saddam Hussein de possuir
armas de destruição em massa, e daí desencadear uma terrível que
acabou matando muitos iraquianos também inocentes, antes de orquestrar
um julgamento fictício que o condenou a um enforcamento televisionado
por um crime que os próprios EUA viriam a reconhecer mais tarde que
não tinha cometido.
(AIM)

Ps. Espero que aqueles compatritas que andam a defender o ocidente em detrimento do seu próprio pais, muitos deles trabalhando em instituições ligadas ao ocidente e outros estudando no ocidente, e de la lançam farpas para seu próprio pais, venham ripostar este artigo com argumentos convincentes.

GOVERNO ESTÁ A INVESTIGAR O CASO BACHIR

Se a PGR, MINE e o José Pacheco disseram que nunca tinham sido comunicados, então urge perguntar: que pessoas importantes do governo foram comunicadas sobre as acusações contra Bachir?
Não será uma fuga para frente do Bradford?

GOVERNO ESTÁ INVESTIGAR CASO BACHIR
Enviada:4 de Jun, 2010

Maputo, 04 JUN (AIM) – O Governo moçambicano diz estar a trabalhar no sentido de esclarecer o caso do empresário Mohamed Bachir Suleman, que esta semana foi apontado pelos Estados Unidos da América (EUA) como barão da droga estrangeiro.

“Os órgãos estão a trabalhar para podermos esclarecer este caso em tempo útil”, disse hoje, em Maputo, o Ministro moçambicano do Interior, José Pacheco, quando solicitado pela imprensa para reagir este caso.

O nome do empresário moçambicano foi colocado na lista dos barões de droga na passada Terça-feira pelos EUA que também impuseram sanções que, entre outras, implicam o congelamento dos seus bens em território norte-americano.

Igualmente, os EUA proibiram as instituições e cidadãos norte-americanos de manter qualquer contacto com Bachir, presidente do Grupo MBS.

No seu contacto com a imprensa, o Ministro do Interior disse que o Governo moçambicano nunca foi notificado pelas autoridades norte-americanas para poder colaborar sobre este caso.

Por outro lado, Pacheco disse que, ao nível do país, Mohamed Bachir tem uma ficha criminal limpa.

“É uma preocupação que este caso seja esclarecido o mais rápido possível”, garantiu o governante.

Ainda hoje, fonte da Procuradoria-geral da República (PGR) foi citada afirmando ser cedo demais para se pronunciar em relação às acusações do Governo norte-americano.

Contudo, segundo fonte da PGR citada pelo matutino “Noticias”, caso o trabalho em curso de recolha de dados esteja concluído, Mohamed Bachir Suleman será notificado a fim de prestar declarações.

Ainda nesta Sexta-feira, o vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, disse que o assunto sobre Bachir Seleman estava a seguir os trâmites legais e que o Governo está disposto a colaborar (com as autoridades norte-americanas) no que for necessário.
(AIM)