sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Moçambique foi o estado que melhor resistiu a crise financeira na África Subsariana

Maputo, 2 Dez (AIM) - Moçambique foi o Estado que mais resistiu à crise financeira e económica mundial na África Subsariana e antecipou boas perspectivas de recuperação económica do país nos próximos anos, revela um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O balanço das perspectivas africanas de desenvolvimento consta do relatório de 2010 do FMI sobre a economia mundial, denominado 'Perspectivas Económicas para a África Subsariana', lançado na passada sexta-feira, na capital moçambicana.

Segundo a avaliação do FMI, o continente africano está a registar uma recuperação económica, estimando-se, para 2010, um crescimento de 5 por cento e de 5,5 por cento no próximo ano.

O representante do FMI em Moçambique, Victor Lledó, assinalou que o crescimento da economia na maioria dos países da região poderá atingir níveis mais altos que os registados em meados da década de 2000.

'Esta nova elasticidade africana pode ser explicada em melhores condições iniciais, nomeadamente, níveis de crescimento económico mais elevados, níveis de preços estáveis, dívida pública sustentável, reservas internacionais confortáveis, observados na maior das regiões no período anterior à crise', afirmou.

O FMI recomendou que as políticas fiscais expansionistas africanas sejam moderadas, para que as finanças públicas retomem uma trajectória sustentável e os níveis de endividamento público continuem administráveis.

Na ocasião, Victor Lledó considerou 'sustentável' a dívida externa de Moçambique, que se situa actualmente em 3,3 mil milhões de dólares, depois de ter atingido 6,1 mil milhões de dólares em 1999, altura em que “o país acelerou o seu endividamento junto a credores bilaterais e multilaterais”.

Lledó disse ainda que por o seu stock actual ser sustentável, “o país pode endividar-se mais no exterior para realizar com sucesso o seu programa de luta contra a pobreza, desde que o pagamento seja feito pelas entidades beneficiárias e não seja dívida assumida pelo Estado”.
(AIM)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MOÇAMBIQUE EVOLUIU 7 LUGARES NO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Moçambique evoluiu sete lugares no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2010, um documento de 253 páginas, que avalia um total de 169 nações. O documento foi ontem lançado em todo o mundo pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da População (PNUD). Com esta evolução, o país passou da posição 172, que ocupava em 2009, para a posição 165, no relatório de 2010.
Essa subida é resultado esforço que o governo tem vindo a desenvolver para melhoria da qualidade de vida dos Moçambicanos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ONU: Moçambique é "exemplo" de crescimento económico entre países com longos períodos de penúria alimentar

Moçambique é um "exemplo" a seguir no que diz respeito ao crescimento económico e à redução da pobreza entre os países que atravessaram longos períodos de penúria alimentar, destaca um relatório da ONU hoje divulgado em Roma.

O novo relatório da Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO), que analisa a situação da insegurança alimentar no mundo, destaca que desde a assinatura dos acordos de paz, em 1992, Moçambique "gozou de um período de notável estabilidade e converteu-se num caso de êxito em termos de crescimento económico e redução da pobreza".

Referindo o exemplo de Moçambique, o documento aponta que os países "podem sair de situações de crise prolongada", desde que tenham "uma governação melhorada", compreendam "as causas estruturais da crise" e as abordem com "medidas normativas sólidas".

"A participação das comunidades locais e a melhoria da coordenação entre doadores são também fundamentais", acrescenta a FAO.

O documento, lembra que Moçambique alcançou um "crescimento médio de oito por cento por ano entre 1996 e 2008", e que a produção agrícola moçambicana registou, a partir de 1992, "um aumento anual de 5,6 por cento, sobretudo graças à expansão da área de cultivo e ao aumento da mão de obra e produtividade agrícolas".

"A pobreza diminuiu 15 por cento entre 1997 e 2003, e registou-se um melhoria notável dos indicadores de desenvolvimento humano nas áreas da educação, mortalidade infantil e no acesso à água potável", refere a FAO, que destaca ainda que a incidência da fome no país "continua a diminuir de maneira constante".

A FAO salienta que o "caso bem sucedido de recuperação" de Moçambique deveu-se a diversos factores como a "estabilidade macro-económica, a reforma normativa, o investimento governamental em favor da população pobre e uma ajuda massiva de apoio ao desenvolvimento socio-económico".

Outro "aspecto fundamental" para a recuperação pós conflito, segundo o documento, foi o "esforço realizado para resolver as questões relativas ao acesso à terra", bem como a "solidez da coordenação e harmonização dos doadores no apoio aos programas governamentais".

A política agrária moçambicana, que entrou em vigor em 1997 e "conseguiu manter a ordem e a segurança alimentar e fomentar novos investimentos", é também apontada pela FAO como uma "peça chave" para os progressos alcançados.

"Este marco ajudou, em grande medida, a promover uma via mais equitativa e sustentável face ao crescimento económico e desenvolvimento social num país com uma população predominantemente rural", refere o relatório.

No início de Setembro, uma manifestação popular contra o aumento do custo de vida em Moçambique resultou em confrontos entre populares e a polícia, que se saldaram em 18 mortes (segundo fontes clínicas, o Governo só reconhece 14) e centenas de feridos e detidos. Fonte: Rádio Moçambique

Ps. Este é um relatório da FAO, instituição de reconhecido mérito

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ELOGIO DE OBAMA MOSTRA QUE MOÇAMBIQUE ESTÁ A AVANÇAR

Maputo, 24 Set (AIM) – O Presidente da República, Armando Guebuza, disse que o reconhecimento do seu homólogo norte-americano em relação a abrangência das políticas de Moçambique na erradicação da pobreza demonstra que o país está a crescer.

Falando quinta-feira em Nova Iorque, o presidente norte-americano, Barack Obama, considerou Moçambique como um dos poucos países africanos com uma política económica com uma base alargada que os permite dar passos largos na erradicação da pobreza, incluindo a realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Obama elogiou um grupo de países, que tambem inclui o Malawi, Etiópia e Tanzânia, quando discursava durante a cimeira das Nações Unidas sobre os ODM, um evento no qual Moçambique fez-se representar pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Odelmiro Baloi.

O estadista norte-americano vincou que, no meio de inúmeros problemas globais, estes países africanos adoptaram políticas de crescimento económico assentes numa base alargada que os coloca na marcha acelerada rumo à erradicação da pobreza.

Reagindo a esses elogios, o estadista moçambicano disse hoje em Maputo que essas declarações “mostram claramente que o país está a avançar rapidamente”, apesar dos problemas existentes e que são típicos do processo de desenvolvimento.

A título de exemplo, Guebuza apontou o caso da cidade de Maputo, que nos últimos anos tem estado a registar um crescimento significativo, particularmente na área de construção de infra-estruturas e com impacto na oferta de emprego.

Segundo o Presidente moçambicano, este crescimento não é exclusivo a cidade de Maputo, uma vez que as outras províncias do país estão a avançar e as declarações de Barack Obama mostram que os Estados Unidos da América (EUA) têm estado a acompanhar esses progressos.

O EUA é um dos grandes parceiros de cooperação de Moçambique, com projectos em diversos sectores, incluindo o de recursos minerais e na agricultura.

Na área dos recursos minerais destaca-se a presença no país da companhia Anadarko, que em Agosto passado, descobriu a existência de petróleo na Bacia do Rovuma, norte de Moçambique, estando agora a fazer pesquisas adicionais para apurar se as quantidades deste recurso justificam uma exploração comercial.

No ramo da agricultura, Guebuza falou da existência de um investidor americano com um projecto de produção de soja para o fabrico de ração animal. Com este projecto, Moçambique poderá ser auto-suficiente carne de frango, por exemplo, e, eventualmente passar a exportar este produto alimentar para outros países.

“Isto mostra que o país está a avançar, apesar do cepticismo existente. E todos nós devemos apoiar esses esforços de desenvolvimento do país”, frisou o estadista moçambicano.
(AIM)
MM/SG

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sorry, Mr. President!

“Nós somos a favor de uma punição severa a todos os barões de droga, mas não somos irresponsáveis para aplaudir uma irresponsabilidade de sentenciar pessoas que nunca foram julgadas, nunca foram ouvidas, nunca os seus respectivos governos foram convidados a colaborar na investigação. Jamais, faremos isso.

Aliás, anualmente, o próprio Departamento de Tesouro americano retira da lista dos barões de droga vários cidadãos estrangeiros, que lá constavam por erro dos próprios investigadores americano.
Em 2008, foram retirados da lista de barões de droga 141 nomes de individualidades estrangeiras. Em 2009, foram retirados 60 nomes, de acordo com o site:www.treas.gov/offices/enforcment/ofac/actions ou www.treas.gov/offices/enforcementlofac/reports/narco.

Quer dizer, elabora-se uma lista de indivíduos estrangeiros a quem se apelida de barõe de droga, seguindo critérios estritamente americanos. Os mencionados ficam arruinados na sua reputação, os seus negócios vão todos à falência. Eles reagem, escrevendo ao Tesouro americano a solicitar evidências. Depois de muita troca de correspondência, que pode levar anos, as autoridades americanas chegam à conclusão de que não possuem evidências e que o nome da pessoa foi lá metido por erro de investigação e...acabou-se!!
Sorry,Mr.President,butyouseemverywrong” Editorial do Magazine Independente de 09.06.2010

Ps. O Moyana traduziu, a letra, aquelas que eram as minhas principais ideias:
1. Sou pela punição severa de todos barões da droga.
2. No entanto, não se pode cometer a irresponsabilidade de acusar pessoas sem mostrar as provas ou dar-lhe oportunidade para se defenderem.
3. Os EUA trataram este caso duma forma leviana.
4. Se provarem que o nome do Bachir foi erradamente colocado nessa lista, ninguém irá indemnizá-lo pelos danos causados a sua imagem e aos seus negócios.
5. Os nossos analistas esqueceram-se do artigo 51 da Constituição da República que estabelece que "os arguidos gozam de presunção de inocência até decisão judicial definitiva".

segunda-feira, 7 de junho de 2010

QUESTIONANDO A EXISTÊNCIA DE CAMPOS DE TREINO DA AL-QAEDA EM MOÇAMBIQUE

Por Gustavo Mavie

Maputo, 06 Jun (AIM) – Quando li a notícia veiculada em primeira mão
pelo dominical sul-africano “Sunday Times”, sobre a existência de
campos de treino da al-Qaeda em Tete e Nampula, a minha experiência
jornalística impeliu-me a suspeitar que poderia tratar-se de mais uma
notícia forjada, com a única intenção de prejudicar a imagem de um
país que alguém não gosta.

Agora, na posse de mais factos, estou cada vez mais convencido que a
referida notícia é forjada e que visa matar com uma só cajadada, dois
coelhos.

A meu ver, um dos coelhos é associar o nosso país com a grande festa
do futebol mundial que, actualmente, prende a atenção de milhões no
mundo inteiro e assim afectar a boa imagem que o nosso Moçambique
desfruta além fronteiras, por ser um dos poucos que conseguiu se
reerguer do profundo abismo da guerra de desestabilização que havia
sido atirado pelos seus inimigos.


Aliás, não faz sentido que uma Agência de Inteligência de um país que
está à caça da al-Qaeda usando todos os meios existentes no mundo – no
caso vertente EUA – descubra dois campos de treino desta organização,
e não tome medidas para a sua destruição ou eliminação física dos
treinadores e seus formandos, limitando-se apenas à divulgação de uma
notícia sobre a sua alegada descoberta.

.

Assim, pode-se concluir que pelo carácter imperativo com que os EUA se
têm empenhado para eliminar a al-Qaeda no Planeta, se tivesse
detectado a presença de seus campos de treino no nosso país, o
Presidente norte americano Barak Obama teria contactado imediatamente
o seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza, para ter dele “luz verde”
para aniquilar qualquer ameaça do Mundial de Futebol, onde estarão
presentes jogadores e adeptos do mundo inteiro e não apenas de África.

Mas pelo que nos deu a conhecer o nosso Presidente, ele desconhece a
existência dos alegados campos, daí que duvida mesmo dessa descoberta.



O que se pretende com este tipo de notícias, é apagar esta boa imagem
fruto dos nossos esforços para resgatar a paz, nosso empenho na
reconciliação e reconstrução do nosso país.


Assim dito, se a NEFA tivesse detectado os referidos campos em
Moçambique, ela própria e o governo de Washington teriam informado
imediatamente as autoridades moçambicanas e sul-africanas, bem como a
FIFA e a Polícia Internacional (Interpol).

Mas pelo que foi dito pelos governos dos dois países, não se fez nada disso.

Associando os factos, e em função da lógica da segurança mundial,
sinto-me impelido a dizer que essa Fundação norte-americana não
detectou nenhum campo de treino da al-Qaeda em Moçambique, e que se
houver algum ataque terrorista contra o Mundial, certamente que não
terá nada a ver com pessoas treinadas no nosso país.

.....E A FALTA DE EVIDÊNCIAS À ACUSAÇÃO DE OBAMA CONTRA BACHIR E O SEU GRUPO MBS

Outra revelação eivada de um cariz infundado, ou pelo menos que não se
apoia em evidências credíveis, é a acusação que os EUA fazem contra o
empresário moçambicano Mohamad Bachir Sulemane, cujas iniciais MBS dão
nome ao conglomerado dos seus negócios.

Para mim, esta acusação peca por não se valer de provas, o que evoca
aquilo que os EUA fizeram contra o agora enforcado Saddam Hussein, a
quem acusaram então de ser um barão de armas de destruição em massa.

A semelhança de Saddam Hussein, Washington limita-se a acusar o
empresário moçambicano de ser um barão de droga, uma acusação que
carece de provas, do mesmo modo que nunca apresentaram provas contra o
líder iraquiano.



Para o seu bem, aconselho Obama a não acreditar cegamente nos
relatórios que lhe são enviados pelos seus agentes diplomáticos em
Maputo, porque alguns deles já provaram que têm muita dose de
“Jetismo”, e que passam o seu tempo a forjar relatórios que não
reflectem a realidade.

Caso não apresente provas, será visto como tendo metido o pé na mesma poça em
que meteu o seu antecessor, por ter acusado Saddam Hussein de possuir
armas de destruição em massa, e daí desencadear uma terrível que
acabou matando muitos iraquianos também inocentes, antes de orquestrar
um julgamento fictício que o condenou a um enforcamento televisionado
por um crime que os próprios EUA viriam a reconhecer mais tarde que
não tinha cometido.
(AIM)

Ps. Espero que aqueles compatritas que andam a defender o ocidente em detrimento do seu próprio pais, muitos deles trabalhando em instituições ligadas ao ocidente e outros estudando no ocidente, e de la lançam farpas para seu próprio pais, venham ripostar este artigo com argumentos convincentes.

GOVERNO ESTÁ A INVESTIGAR O CASO BACHIR

Se a PGR, MINE e o José Pacheco disseram que nunca tinham sido comunicados, então urge perguntar: que pessoas importantes do governo foram comunicadas sobre as acusações contra Bachir?
Não será uma fuga para frente do Bradford?

GOVERNO ESTÁ INVESTIGAR CASO BACHIR
Enviada:4 de Jun, 2010

Maputo, 04 JUN (AIM) – O Governo moçambicano diz estar a trabalhar no sentido de esclarecer o caso do empresário Mohamed Bachir Suleman, que esta semana foi apontado pelos Estados Unidos da América (EUA) como barão da droga estrangeiro.

“Os órgãos estão a trabalhar para podermos esclarecer este caso em tempo útil”, disse hoje, em Maputo, o Ministro moçambicano do Interior, José Pacheco, quando solicitado pela imprensa para reagir este caso.

O nome do empresário moçambicano foi colocado na lista dos barões de droga na passada Terça-feira pelos EUA que também impuseram sanções que, entre outras, implicam o congelamento dos seus bens em território norte-americano.

Igualmente, os EUA proibiram as instituições e cidadãos norte-americanos de manter qualquer contacto com Bachir, presidente do Grupo MBS.

No seu contacto com a imprensa, o Ministro do Interior disse que o Governo moçambicano nunca foi notificado pelas autoridades norte-americanas para poder colaborar sobre este caso.

Por outro lado, Pacheco disse que, ao nível do país, Mohamed Bachir tem uma ficha criminal limpa.

“É uma preocupação que este caso seja esclarecido o mais rápido possível”, garantiu o governante.

Ainda hoje, fonte da Procuradoria-geral da República (PGR) foi citada afirmando ser cedo demais para se pronunciar em relação às acusações do Governo norte-americano.

Contudo, segundo fonte da PGR citada pelo matutino “Noticias”, caso o trabalho em curso de recolha de dados esteja concluído, Mohamed Bachir Suleman será notificado a fim de prestar declarações.

Ainda nesta Sexta-feira, o vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, disse que o assunto sobre Bachir Seleman estava a seguir os trâmites legais e que o Governo está disposto a colaborar (com as autoridades norte-americanas) no que for necessário.
(AIM)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

DA RENAMO, MDM E PDD

MEMBROS DISSIDENTES CRIAM PAHUMO

O Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), uma nova congregação política da
oposição, cujo projecto de criação provém de um grupo de políticos dissidentes da RENAMO, MDM e PDD, assume-se como uma força de pressão permanente do governo para a causa da repartição justa da riqueza no país, por forma a acabar com os desníveis sociais, que se caracterizam pela existência de ricos e pobres absolutos. Cornélio Quivela, presidente da Comissão Instaladora do PAHUMO, disse ontem, na cidade de Nampula, no decurso do anúncio público do projecto da criação daquele partido, que queremos promover um maior dinamismo político no país, através de denúncia das irregularidades do governo. Para o efeito, prometemos ser um partido permanente, cuja acção não termina com os pleitos eleitorais, como tem estado a acontecer, pois que seremos uma força de pressão actuante. Segundo Quivela, tudo está sendo feito para que, até meados do ano em curso, o partido esteja legalizado. Já remetemos ao Ministério de Justiça o expediente relativo à legalização do Partido e esperamos que a burocracia não emperre o processo porque a ansiedade das comunidades de ver o PAHUMO formalizado é grande - referiu.
De ideologia centro-direita, o PAHUMO foi criado por um grupo de políticos que militavam na RENAMO, MDM e PDD. Exemplo disso é Cornélio Quivela, que até há bem pouco tempo foi deputado da RENAMO, depois de ter ocupado, por vários anos, o cargo de delegado político provincial do mencionado partido na província de Cabo Delgado, Eduardo Pintane, José Henrique Lopes, Filomena Mutoropa, do PDD e MDM, respectivamente.
A eleição dos dirigentes do partido, concretamente o presidente, secretário-geral
e outros, vai acontecer antes do final do ano, data em que se espera que o partido esteja já legalizado.
Quivela desmentiu que o já falecido Issufo Quitine, então chefe da bancada da RENAMO na Assembleia da Republica na Quinta legislatura, fazia parte do projecto de criação do PAHUMO.
Em termos de inserção, apuramos que só em Nampula o PAHUMO conta com 25 mil membros e outros 19 mil em Cabo Delgado.

Wamphula Fax Quarta-feira, 14 de Abril de 2010

NOTAS.
1. Assim vai a nossa oposição, criando oposição da oposição.
2. Espanta-me que o MDM, partido com pouco tempo de existência, já tenha dissidentes.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Doadores substituem a oposição

Caros Leitores,
para comentários, passo a apresentar o texto da minha amiga e analista Rossana Fernando.
Ela faz uma análise muito crítica relativamente ao papel dos doadores em Moçambique, em particular o G19.

Sem mais, apresento o texto na íntegra.

"Moçambique conta de há uns tempos para cá com um novo partido político: Doadores de Moçambique, ou DM, se os órgãos competentes aceitarem que a sigla não conflitua com a do Diário de Moçambique. Mas por aquilo que nos deu a entender já, o DM vai exigir flexibilidade da lei moçambicana para manter a sua sigla porque lhe dá a necessária paternidade do MDM. O protagonismo político do DM é tão forte e visível que nem essa coisa de Direito Moçambicano ou de Direito internacional respeita quando se trata de defender o seu filho ou enteado se a paternidade que a Renamo Um reclama. A sociedade civil que registava algum crescimento no debate patriótico e inclusivo corre o risco de ser ofuscado pela aliança DM-MDM.
Quem está satisfeito com a ingerência externa já se manifestou na imprensa o MDM através do mano do Daviz, o Lutero Simango, indicado, não eleito, como se diz por ai, membro da Comissão Política do MDM, pouco antes da realização da sessão do partido da sua família, pelo menos assim disse o Jornal Zambeze. Mas ele confirmava o que ja era conhecido: seu irmão quando fundou o partido fez a sua primeira digressão não pelas províncias mas pela Europa para apropriar-se das bases que outrora tinham sido da Renamo e pedir autorização para resgatar as células partidárias da Renamo nas embaixadas em Moçambique. Quem esteve em Chiúre com Daviz Simango para a abertura da sua campanha eleitoral no dia 13 de Setembro de 2009? Julian Mpiri, do Movement for Democratic Change, de Morgan Tsivangirai, do Zimbabwe, MDC, não será outro filho do MD? As siglas não são aparências por isso não iludem nem são coincidências inócuas!
Importa salientar que para reforçar a veia familiar, o Lutero foi indicado coordenador da Bancada do MDM. A isso não está alheio o fato do MDM poder formar bancada e o irmão mais velho do Presidente ter acesso as regalias que a Assembleia da Republica confere aos chefes da bancada, nomeadamente: mercede benz protocolar, motorista, ajudante de campo, residência, subsidio de representação, etc.
Muito antes da AR se iniciar o DM já exigia que o Governo se comprometesse a mudar o regimento .... da AR!!! Mas o DM não parou por ai: disse que era preciso o governo instruir a AR a rever a lei eleitoral, coisa que foi sempre feita pela AR, desde as primeiras eleições multipartidárias: recordou-os o Presidente Guebuza quando conferiu posse aos deputados. Repetiu-o a Presidente da Assembleia da Republica Verónica Macamo.
Ha mais coisas interessantes: alguns membros do DM foram incontestáveis simpatizantes da Renamo antes de formarem o seu MD e antes de Dhlakama ser metido na garrafa pela Mutiyana de Nampula. Hoje vemos que alguns membros do MDM também foram membros da Renamo antes de o DM dar parto ao MDM. São metamorfoses interessantes, ou não são?
Quando ouvi falar dos encontros entre MD e o Governo lembrei-me das cimeiras Chissano-Dhlakama do ano 2000. Ontem como hoje a mensagem era a mesma: o povo que votou não sabe nada, enganou-se. Nos podemos re-arrumar tudo aqui nesta sala.
Alguns dos que integram o DM nem sequer atingiram estatuto de embaixador, outros estão na sua primeira missão em Moçambique, outros estão lá por solidariedade porque em cafés não parecem partilhar do que DM defende. Quanto tempo levou os EUA para apagar o infame Denis Jet? Quanto tempo levara agora a aparar a imagem do Tod Chapman? Quanto tempo a Finlandia vai precisar mudar a imagem que o seu Embaixador criou ao liderar o DM?
O DM, mostrando a sua veia paternalista em relação ao MDM, entrou em rota de colisão com o grupo de embaixadores que defendiam que as eleições foram justas, livres e transparente. Essa colisão foi mais visível aquando da publicação do relatório da missão dos observadores da União Europeia. Os observadores foram obrigados a refazer o relatório inicial para poder acomodar as pretensões do DM.
Estamos gratos pelo apoio que os parceiros, e não o DM, nos prestam. Continuem a ir em massa para a Beira para as sessões de solidaridade e de concertação entre DM e MDM e ate levem para la os vossos dignatarios. Isso não é problema. Mas para nos ficou a lição de que afinal podem-nos humilhar em publico e violarem tudo o que o que são regras de relacionamento entre Estados e nome dessa aliança DM-MDM.

Nós eleitoras e leitores Moçambicanos recordamos que o DM não tem direito a voto, votam os Moçambicanos e o MDM não deve brincar com aqueles como nós que ainda defendemos que o voto é secreto. Pena que as nossas obrigações da vida não nos permitam estar no grande Maputo para falar mais alto, pena que aqui onde as comunicações e o desenvolvimento ainda têm grandes desafios, esta mensagem de partidos ofuscados por DM´s não chegue a tempo de se fazer a justiça do voto no momento oportuno. Mas saibam que estando nós em Nhamatanda ou Gorongosa, em Ruanda ou na Mongólia, estamos atentos." Rossana Fernando

quinta-feira, 25 de março de 2010

FACEBOOK: ASSUSTADOR

Repasso conforme recebi, é realmente aterrador.

repassando . . .
É por esta e outras que não me associo ao Orkut, ao Facebook, ao Hi5. Na internet cada dia se prova mais, que o mau uso dela pode causar muitos danos.Todo cuidado é pouco! Repasso o artigo do jornal espanhol porque é de grande utilidade. É fácl de entender. Ninguém tem nada perder ( nem tempo!) lendo o artigo abaixo.
Por estas e outras, é que ninguém deve dar informação verdadeira, nem nomes, idades, locais, fotos , etc, nem os endereços nos sites como Facebook, Hi5, Myspace, Orkut, Sonico, Twitter, etc.


FACEBOOK: assustador

Verdade sobre o Facebook:
Se possível leiam, mas pelo menos não deixem de ver o filme. Está em castelhano, mas percebe-se bem. E sobretudo, mandem aos vossos contactos.
Vejam só o que são as redes, ditas "sociais"...

Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=xzTgIdNW6lg
LASTIMOSAMENTE LAS COSAS BUENAS QUE UNOS HACEN, OTROS LA APROVECHAN
PARA HACER EL MAL....

Esta semana en la televisión hubo reportaje todos los días con Joaquín López Dóriga (periodista mexicano) sobre Facebook, Hi5, Myspace, Orkut, Sonico, Twitter, etc y lo peligroso que son. Viene un reportaje diario en el periódico MILENIO, sobre como los secuestradores tienen como fuente de información directa y confiable los blogs, el Facebook y el Hi5.

Entrevistaron a unos secuestradores y dicen que entran a la red y ven los ROSTROS, la casa, los carros, las fotos de viaje y saben el nivel social y económico que tienen quienes ahí aparecen. Ya en televisión uno de ellos había declarado que antes batallaban mucho para reconocer a los candidatos a secuestros, pero que ahora con el Facebook y la información que ponemos voluntariamente en la red, ya no se confunden ni tienen que investigar en donde viven o en qué escuela estudian y a donde viajan y quiénes son sus papas, hermanos y amigos.. Eso pasó con Alejandro Martí (joven mexicano muerto por sus secuestradores) que de todo ponía. La familia acaba de cerrar
su blog después de darse cuenta de la cantidad de información potencialmente peligrosa que el joven había puesto ahí con alegría y sin sospechar que estaba armando a quienes lo mataron. Protejan a sus hijos y protéjanse ustedes; ya no pongan información peligrosa en la red.

LA VERDAD SOBRE 'FACEBOOK'

Facebook está vendiendo la información de sus usuarios al mejor postor. Cito textualmente: 'Lo que muchos usuarios no saben es que de acuerdo a las condiciones del contrato que virtualmente asumen al hacer clic en el cuadro 'acepto', los usuarios le otorgan a Facebook la propiedad exclusiva y perpetua de toda la información e imágenes que publican.'
De hecho, resalta el experto, los afiliados 'automáticamente autorizan a Facebook el uso perpetuo y transferible, junto con los derechos de distribución o despliegue público de todo lo que cuelgan en su página Web.'
Los términos de uso le reserva a Facebook el derecho a conceder y sub-licenciar todo 'el contenido del usuario' a otros negocios.
Sin su consentimiento, a muchos usuarios les convirtieron sus fotografías en publicidad, transformando un comercio privado en endosos públicos.
De repente todo lo que sus afiliados publicaron, incluyendo sus fotografías personales, su inclinación política, el estado de sus relaciones afectivas, intereses individuales y hasta la dirección de la casa, se envió sin su autorización expresa a millares de usuarios.

Hay que creerle a Mr. Melber cuando asegura que muchos empleadores gringos al evaluar hojas de vida revisan Facebook para conocer
intimidades de los solicitantes. La prueba que una página en Facebook no es para nada privada se evidenció en un sonado caso donde la Universidad John Brown expulsó a un estudiante cuando descubrió una foto que colgó en Facebook vestido de travesti Otra evidencia sucedió cuando un agente del Servicio Secreto visitó en la Universidad de Oklahoma al estudiante de segundo año Saúl Martínez por un comentario que publicó en contra del presidente.. Y para colmo de males, el asunto no termina si el usuario se decide retirar. Aun cuando los usuarios cancelan la membrecía, sus fotos e información permanecen abordo, según Facebook: "por si deciden reactivar su cuenta" Es más, el usuario no es retirado inclusive cuando fallece. De acuerdo a las 'condiciones de uso,' los dolientes no pueden obligar que Facebook descuelgue los datos e imágenes de sus deudos, ya que cuando el finado aceptó el contrato virtual le otorgó a Facebook el derecho de 'mantenerlo activo bajo un status especial de conmemoración por un período de tiempo determinado por nosotros para permitir que otros usuarios puedan publicar y observar comentarios sobre el difunto.'

Sepan los usuarios de Facebook que son partícipes indefensos de un escenario, que los académicos califican como el caso de espionaje más grande en la historia de la humanidad. De paso,se convierten de manera inconsciente en los precursores del fenómeno de "Big Brother is watching you", alusión directa a la intromisión abusiva del estado en los asuntos
privados del ciudadano común para controlar su comportamiento social, tema de una novela profundamente premonitoria escrita en 1932 por el británico Aldous Huxley: 'Un Mundo Feliz' (Brave New World).


Protejam-se,

Nuno Amorim

terça-feira, 23 de março de 2010

Teoria do caos ou falta de racionalidade política? A propósito do insulto de Fernando Veloso.

O caos político, particularmente, protagonizado pela mídia em qualquer parte do mundo, é qualquer coisa exceto fenômeno confortante. Apesar disso, a popularidade repentina do caos na imprensa política em Moçambique, que emerge estranhamente em pleitos eleitorais, em momentos de impasses entre o governo da pátria amada e doadores internacionais provoca cada vez menos efeitos de ansiedade e incerteza (apesar de preocupar). Pelo contrário, chama atenção para a necessidade de um compromisso ético com Estado e com o povo moçambicano. Chama atenção para a necessidade do respeito da ordem e das instituições políticas democraticamente criadas em Moçambique.

Depois de um pleito eleitoral altamente aclamado pelas comunidades nacional e internacional, eis que Moçambique se depara com alguns impasses no processo de financiamento do Orçamento do Estado: uma realidade dura, que vive a maior parte dos países africanos. Até mesmo países seculares europeus (Grécia) vivem tais problemas, ao extremo.

Nessas ocasiões, tal como em ocasiões eleitorais, alguns setores da mídia moçambicana aproveitam-se, e atiram os seus golpes baixos. Golpes muito baixos, falta de respeito e demonstração de insanidade patriótica.

O editorial do jornalista Fernando Veloso demonstra-nos, mais uma vez, que existem pessoas que são capazes de chegar tão longe, para fazer as piores baixezas. À de um infiltrado, mercenário, pessimista e insultuoso, Fernando Veloso nunca foi tão equivocado. Completamente equivocado porque se acha em condições de dar lições de moral insultando aos outros, aliás, a uma nação inteira. Quanta estupidez! Quanta baixeza!

Teoria do caos e mídia política: Moçambique pátria de ladrões?
Cabe lembrar ao jornalista Fernando Veloso, que desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992 (04 de Outubro), Moçambique tem sido visto como uma das maiores histórias de sucesso de reconstrução pós-guerra e recuperação económica em África. O País realizou, pela quarta vez consecutiva, eleições presidenciais e legislativas democráticas em Outubro de 2009 (a Frelimo e o seu candidato Armando Emílio Guebuza, foram declarados vencedores), reafirmando seu compromisso à estabilidade política, governação democratica e reconcialiação nacional. Nesse sentido, Moçambique tem sido mais do que um exemplo, tem sido acima de tudo, uma referência obrigatória.

Será que vamos deitar abaixo todo um país por causa de meia dúzia de corruptos?
O país que o editorial descreve é o mesmo que serve de referência obrigatória no âmbito da reconciliação e reconstrução nacional?
É o país onde vivem Dimas Marrôa, Augusto Paulino, Miguel Cândido (Procurador do Caso Aeroporto), Achirafo Aboobacar (Juiz do caso BCM), o chefe das operações do comando distrital da prm em Nacaroa (recusou suborno na ordem 200mil mts e uma viatura, quando interceptou viaturas transportando centena de emigrantes ilegais). É o pais onde condenam ex-ministros, ex-pcas, secretarios permanentes, administradores distritais e directores provinciais?

O editorial é patético, populista e exagerado...não é por ter meia dúzia de ladrões que vamos considerar que Moçambique é país de ladrões, assim como não é por termos meia dúzia de honestos que vamos dizer que todos moçambicanos são honesto.

Há uma tendência dum determinado grupo no sentido de tentar descredibilizar todo o estado moçambicano...são os mesmos que rebentaram foguetes quando os doadores ameaçaram a nossa soberania

Lembre-se ao referido jornalista, que existem mecanismos universalmente consagrados, que dão aos cidadãos o direito de asilo em países que julgam satisfazerem suas expectativas civis, políticas e sociais. PORQUE NÃO PROCURAR PAÍSES, FIÉIS AOS SEUS SONHOS, AO SEU AMOR, ONDE NÃO HÁ LADRÕES, NÃO HÁ CORRUPTOS, E OUTRAS MALDADES?

Não estaremos perante uma dissonância cognitiva, quando insultamos uma pátria inteira de ladra, e meia volta nos orgulhamos por ter nacionalidade dessa mesma pátria? O jornalista Fernando Veloso sabe do que estamos a falar.

O editorial do jornalista Fernando Veloso é prova de seu cinismo para com a nação moçambicana, é cobarde, e se pretende de finalidade desonesta. Quanta pena responsabilizar pessoas, instituições da sociedade civil, e principalmente, partidos políticos, pelos problemas estruturais de um Estado democrático de direito como Moçambique? Muita pena!

Um conselho para o jornalista Fernando Veloso, é que faça uma reflexão sobre os procedimentos de gestão das instituições públicas, sobre a pobreza, a corrupção, o HIV/SIDA e outros problemas que enfermam Moçambique, dentro de uma perspectiva holística e estrutural. Deve aprender a ter uma abordagem histórico-dialética e imparcial dos factos, e não procurar bodes expiatórios.

Ps. Exijo que o autor do editorial peça desculpas públicas ao povo moçambicano, sob o risco de propor um abaixo-assinado contra o mesmo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

MUNICÍPIO DE DONDO CONSIDERADO MELHOR DO MUNDO

Pelo Comité Internacional de Avaliação dos Municípios.
O Conselho Municipal da Cidade de Dondo, na província de Sofala, foi eleito o melhor a nível internacional, pelo Comité Internacional de Avaliação dos Municípios.
De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Dondo, simultaneamente dirigente da Associação Nacional dos Municípios de Moçambique, Manuel Cambezo, a autarquia que dirige foi distinguida, em Dezembro último, num acto que teve lugar em Marrocos, país que acolheu a cerimónia de apuramento. Desta vez, Dondo destacou-se num concurso que contou com a concorrência de mais de 40 cidades de diferentes países do mundo.
A distinção, segundo Cambezo, surge em reconhecimento do bom desempenho das autoridades municipais e dos próprios munícipes na busca de soluções para os problemas que assolam as populações daquele ponto do país, através da governação participativa.
“O envolvimento das comunidades colocou as populações a participarem de forma activa na troca de opiniões com as autoridades municipais, em busca de soluções mais adequadas para todo o tipo de problemas que afligem os munícipes”, congratulou-se Cambezo.
O edil do Dondo, citado pela AIM, revelou que o caminho para esta distinção começou a desenhar-se logo no primeiro mandato, altura em que a edilidade pôs em prática a governação, tendo granjeado a simpatia de municípios de outros países da região e do mundo, o que valeu a sua participação em encontros de troca de experiências.
É assim que o município de Dondo participou em conferências internacionais de troca de experiências que tiveram lugar em Moçambique, Zimbabwe e Brasil.
Em paralelo, o município de Dondo recebeu peritos internacionais que tencionavam avaliar o trabalho que estava a ser desenvolvido, facto que culminou com a atribuição deste prémio que, segundo Cambezo, representa muita responsabilidade.
“Esta distinção é um grande desafio e um feito de grande orgulho, que nos impele a engajarmo-nos mais no trabalho, aperfeiçoando cada vez mais as experiências, estratégias e metodologias de trabalho”, disse Cambezo.
Fonte: pais online, Quarta, 10 Março 2010.

Ps. O Município do Dondo está sendo gerido pelo veterano da Luta de Libertação Nacional Manuel Cambezo.
Cambezo não tem formação superior…isso prova que não precisa ser Doutor ou Engenheiro para dirigir uma instituição do estado. O mais importante é que a pessoa tenha integridade e vontade de servir ao povo.
Espero que não tenha feito o espectáculo gratuito de mobilizar a população para ir ao aeroporto receber o prémio, a semelhança do que era feito pelo Edil vizinho.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

RECOMENDAÇÃO PARA MULHER NO DIA DO LOBOLO

Trecho retirado da obra da Pauliana Chiziana, Título Balada de amor ao vento:

“O lar, minha filha, é um pilão, e a mulher o cereal. Como o milho serás amassada triturada, torturada, para fazer a felicidade da família. Como o milho suporta tudo, pois esse é o preço da tua honra. Ama o seu homem com todo coração, porque é teu protector, e o melhor homem é o mais desejado. Filha, se ele trouxer uma amante para conversar, receba-o com um sorriso, prepara a cama para que os dois durmam, aqueça a água com que se irão estimular depois do repouso. Filha, o homem não foi feito para uma mulher. Fecha boca, quando dorme á vista com as concubinas, pois são tuas irmãs mais novas”.. Esse será o preço da tua honra.

Ps. Este excerto merece uma profunda reflexão

domingo, 31 de janeiro de 2010

Cabo Verde: Caso de sucesso na luta pela emancipação feminina

Este texto vai em homenagem as nossas mulheres bloggers, em especial a Nyikiwa, Ximbitane e Zenaida.

Cabo Verde onde as mulheres ocupam 8 das 15 pastas governamentais, a par da Espanha e Finlândia, tem um governo onde elas são a maioria.

Este é um caso de sucesso na luta pela emancipação feminina e em função dos CVs que passarei a apresentar, nota-se claramente que elas ascenderam em função de competências individuais e não para preencher “supostas quotas” atribuídas as mulheres.

A semelhança das Mulheres Moçambicanas, as mulheres de Cabo Verde continuam a conquistar lugares importantes que anteriormente lhes eram inacessíveis.

Recordo-me que em Moçambique, até 1997, só havia uma mulher que tivesse assumido o cargo de Administrador de Distrito; e até 2005 nenhuma mulher tinha ocupado o prestigioso cargo de Governador Provincial.
Felizmente, Moçambique tem, neste momento, uma mulher a Presidir a Assembleia da Republica, oito Ministras, três Governadoras Provinciais e várias Administradoras Distritais.



A seguir, passo a apresentar o CV das ministras Cabo-Verdianas.

1. JANIRA HOPFFER ALMADA
31 anos é Ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares.
Fica a um pequeno passo do recorde de Ministro mais jovem de sempre, quando chega ao governo com apenas 29 anos. Mas já fora batida, por apenas alguns meses, pelo seu próprio pai que tutelou a pasta de comunicação social de 1975 a 1990.
Ligada a juventude do PAICV desde muito cedo, Janira é licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra.

2. CRISTINA FONTES
51 anos é Ministra da Reforma do Estado e da Defesa Nacional. Entra no Governo em 20001, primeiro como a pasta da Administração Interna e depois da Justiça.
Licenciada em Direito pela Universidade de Lisboa, chega a ser assistente do conceituado jurista português Marcelo Rebelo de Sousa, logo após o 25 de Abril.

3. CRISTINA DUARTE
47 anos é Ministra das Finanças.
É o retrato vivo da diáspora cabo-verdiana. Nasceu em Lisboa, mas é em Angola onde fez o ensino primário e viveu até aos 12 anos. Em Cabo Verde vive os tempos de Liceu até voltar a Portugal para se licenciar pelo Instituto Superior de Economia. Nos anos 90 vai para o EUA tirar um mestrado em Gestão de Empresas e outro em Gestão Internacional.

4. MARISA MORAIS
45 anos é Ministra da Justiça, colega do Nero.
Parte para Portugal com seis anos, onde fez os seus estudos, licenciando-se em Direito na Universidade de Coimbra.

5. FÁTIMA FIALHO
58 anos é Ministra da Economia, Crescimento e Competitividade.
Muito activa politicamente, faz parte do grupo que criou a Organização da Mulher Cabo-Verdiana. É uma acérrima defensora do PAICV.
Licenciada em Economia pela Universidade de Lisboa, antes de chegar a Ministra foi quadro sénior do Banco de Cabo Verde e mais tarde Directora Comercial da Companhia Aérea TACV. Igualmente passa pelo jornalismo, onde foi directora do jornal voz do povo.

6. SARA LOPES
40 anos é Ministra da Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território.
Em Cabo Verde faz o Bacharelato em História e mais tarde tira o curso de Técnico de Aeronáutica na Escola do Aeroporto de Lisboa. Ainda vive em Portugal tempo suficiente para se licenciar em Ciências de Educação, antes de regressar para se dedicar a leccionar história, aos mesmo tempo que trabalha como operacional no Aeroporto de Sal.

7. VERA DUARTE
57 anos é Ministra da Educação e do Ensino Superior.
Foi a primeira mulher a aceder a magistratura em Cabo Verde. Juíza desembargadora, chega ao governo em Junho de 2008. Vera é escritora de reconhecido mérito.

8. MADALENA NEVES
53 anos é Ministra do Trabalho, Formação Profissional e Solidariedade Social.
Licenciada em Economia na União Soviética, entrou para o governo para assumir a pasta do Ambiente e da Agricultura. Também é poeta

Fonte: RevistaUnica do Jornal Expresso de Portugal, 9 de Janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

-A ARTE DE NEGOCIAR--

Antes dos calorosos debates que virão com a definição dos lugares na Assembleia da República e a formação do novo governo, quero dotar os meus leitores das mais modernas artes de negociar


Pai - Filho, quero que você se case com uma moça que eu escolhi.
Filho - Mas pai, eu quero escolher a minha mulher.
Pai - Meu filho, ela é filha do Bill Gates.
Filho - Bem neste caso eu aceito.

Então o negociador vai encontrar o Bill Gates.

Pai - Bill, eu tenho o marido para sua filha.
Bill Gates - Mas a minha filha é muito jovem para casar.
Pai - Mas esse jovem é vice-presidente do Banco Mundial.
Bill Gates - Neste caso tudo bem.

Finalmente o negociador vai ao Presidente do Banco Mundial.

Pai - Sr. presidente, eu tenho um jovem que é recomendado para ser
vice-presidente do Banco Mundial.
Pres. Banco Mundial - Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, inclusive
mais do que o necessário.
Pai - Mas Sr., este jovem é genro do Bill Gates.
Pres. Banco Mundial - Neste caso ele está contratado.


Moral da estória:

Não existe negociação perdida. Tudo depende da estratégia.

"Sê tu mesmo mas não sê sempre o mesmo"-Noma's
"O dinheiro não cria o homem, mas é o homem quem criou o dinheiro."- Warren Buffet,