quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

MÉTODO DE TIJOLOS PARA CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS

AQUI VAI A MINHA PRENDA DE NATAL E FIM DO ANO PARA TODOS LEITORES ASSIDUOS DO NUNO AMORIM.

O método consiste em:
1-Colocar todos os candidatos num armazém
2-Disponibilizar 200 tijolos para cada um.
3-Não dê orientação alguma sobre o que fazer.
4-Tranque-os lá.

Após seis horas, volte e verifique o que fizeram.
Segue a análise dos resultados:

1 - Os que contaram os tijolos, contrate-os como contabilistas.
2 - Os que contaram e em seguida recontaram os tijolos, são auditores.
3 - Os que espalharam os tijolos são engenheiros.
4 - Os que tiverem arrumado os tijolos de maneira muito estranha, difícil de entender, coloque-os no Planeamento, Projectos e Implantação Controlo de Produção.
5 - Os que estiverem a arremessar tijolos uns contra outros, coloque-os em Operações.
6 - Os que estiverem a dormir, coloque-os na Segurança.
7 - Aqueles que picaram os tijolos em pedacinhos e estiverem a tentar montá-los novamente, devem ir directo para Tecnologia da Informação.
8 - Os que estiverem sentados sem fazer nada ou em conversa fiada, vão para Recursos Humanos.
9 - Os que disserem que fizeram de tudo para diminuir o stock mas a concorrência está desleal e será preciso pensar em maiores facilidades, são vendedores natos.
10 - Os que já tiverem saído, são administradores.
11 - Os que estiverem a olhar pela janela com o olhar perdido no infinito, são os responsáveis pelo Planeamento Estratégico.
12 - Os que estiverem a conversar entre si com as mãos no bolso demonstrando que nem sequer tocaram nos tijolos e jamais fariam isso, cumprimente- os com muito respeito e coloque-os na Direcção.
13 - Os que levantaram um muro e esconderam-se atrás, são do Departamento de Marketing.
14 - Os que afirmarem não estar a ver tijolo algum no armazém, são advogados, encaminhe-os ao Departamento Jurídico.
15 - Os que reclamarem que os tijolos "estão uma porcaria, sem identificação, sem padronização e com medidas erradas", coloque no Controlo de Qualidade.
16 - Os que começarem a chamar os demais de "companheiros ou camaradas" , elimine-os imediatamente antes que criem um sindicato.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MOÇAMBIQUE ESTÁ NO TOP 10 MUNDIAL, NO USO DA INTERNET MÓVEL

Aqui está uma notícia que devia elevar a auto-estima nacional e calar aqueles que dizem que o governo nada tem feito em prol do crescimento nacional.

Acho que é motivo de orgulho e satisfação saber que estamos entre os dez mais numa vertente tão moderna, que é o uso das tecnologias de comunicação e informação.

“Para além do nosso País, o grupo dos 10 mais, é também composto por mais três países africanos, Quénia, Uganda e Tanzania. Estes dados foram revelados pela gerente de comunicações da NOKIA para o Este e Sul de África, Dorothy Ooko, em Maputo num evento denominado Road Show, daquela empresa.”. Fonte: Diário Independente, 429.

Aliás, temos vistos constantemente os bloguistas moçambicanos a postarem a partir dos seus moderníssimos Nokias ou BlackBerrys, isso é sinónimo de qualidade de vida. Já se foram os tempos dos 3310, 5100, Motorola e Alcatel que mais pareciam armas de defesa pessoal.

Estamos de parabéns

PS. Parece uma piada, essa notícia aparece numa altura em que os bloguistas querem eleger os seus 10 mais.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

SR. TODD CHAPMAN: JÁ ESTAMOS FARTOS DE SI

Depois dos Ministros do Trabalho, da Saúde e do Presidente da Comissão Nacional das Eleições, agora foi a vez da Imprensa Moçambicana.

Numa arrogância a que já estamos habituados, o senhor Chapman atacou a imprensa moçambicana, acusando-a de ter favorecido a vitória da FRELIMO e do seu candidato, Armando Guebuza, nas eleições realizadas a 28 de Outubro passado.

Chapman falava, na Cidade de Nampula, numa palestra realizada na Universidade Lúrio, organizada para assinalar a passagem dos 25 anos de cooperação entre Moçambique e Estados Unidos da América.

Numa conduta típica de intriguista, antes de começar a criticar a imprensa, Todd Chapman pediu aos jornalistas presentes para que não gravassem e nem fizessem uso do que ia dizendo.

Quando o Magazine Independente se apercebeu dos ataques do diplomata norte-americano, pediu uma entrevista a Chapman, para entender melhor os seus pronunciamentos, tendo este se recusado...numa atitude típica de quem não tem “tomates” para dizer publicamente as barbaridades que tinha dito na referida palestra.

É caso para perguntar: Sr Todd Chapman, depois da Ministra do Trabalho, do Ministro da Saúde, do Presidente da Comissão Nacional das Eleições e da Imprensa Moçambicana, quem será a próxima vítima?

Sugiro que te preocupes mais com o Governador de Illinois que quis vender o lugar do Obama no Senado; o Americano Paul Wolfowitz que quis introduzir corrupção sexual no Banco Mundial; o Americano Bernard Madoff que causou a crise económica internacional e George Bush que destruiu o Iraque. Nenhum Moçambicano teve uma atitude que se compare aos teus compatriotas anteriormente enunciados.

Já agora, todos nos assistimos a vergonha eleitoral que foi a primeira eleição do Bush.

As suas atitudes são típicas dum diplomata inexperiente e emocionado, acredito que estão a causar muito embaraço ao seu país.

Nuno Amorim

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

DELEGADA DO MDM ATROPELA E FOGE

A Delegada do Movimento Democrático de Moçambique, de Daviz Simango, na Cidade da Beira, Flora Impula, é acusada de ter conduzido ilegalmente e de ter atropelada uma Cidadã e depois ter-se posto em fuga.

Segundo as autoridades policiais, na cidade da Beira, Impula envolveuse num acidente de viação, em que a vítima foi uma cidadã, de 48 anos de idade, que responde por Elisa Taimo, e, seguidamente, abandonou-a, no local do sinistro.
De acordo com fonte policial, Impula viria a ser detida depois de ter feito um embate contra o muro de uma
residência, no bairro de Matacuane, quando tentava empreender uma fuga. Na ocasião, ela dirigia uma viatura de marca Toyota Hilux, com a chapa de matrícula MBH-12-84.
A Polícia conta que, após o acidente que vitimou Elisa Taimo, a delegada do MDM não parou, no local
do incidente, e um grupo de populares seguiu-a e viria a ser encontrada, na Avenida Alfredo Lawley, na residência onde embateu o muro.
“Ela está presa. Atropelou uma cidadã e, na tentativa de se pôr em fuga, foi embater num muro de
vedação de uma moradia, na Avenida Alfredo Lawley. Antes deste acidente, Flora Impula atropelou uma cidadã de 48 anos, no bairro de Macuti e depois fugiu. Foi na tentativa de fuga a alta velocidade que viria a chocar o muro. Alguns populares seguiram-na e vieram encontrá-la, após o segundo acidente”, disse fonte policial, acrescentando que ela vai responder por dois crimes: um de condução ilegal e o outro de atropelamento e fuga de responsabilidade. Fonte: A TribunaFax 1.110

Ps. Será com políticos irresponsáveis como esses que a FRELIMO terá oposição credivel? Enganam a população no tempo de campanha e depois da votação atropelam e fogem.
Pelo menos parar para socorrer....Coisas da nossa oposição

Agora compreendo a dificuldade em obter os registos criminais.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PORTUGUESES DE MA FÉ, AUTÊNTICOS ACRÍTICOS, BURROS E EMBRUTECIDOS

Tenho visto muitos bloguistas portugueses de ma fé, a tentarem defender a tese de que Moçambique vai de mal a pior e que provavelmente estava melhor no período colonial.
Muitos deles são movidos pelo espírito vingativo e pela esperança de voltarem a controlar a economia moçambicana.

Estes que são ACRÍTICOS, BURROS E EMBRUTECIDOS nos seus países, fazem-se passar por verdadeiros FAZEDORES DE OPINIÃO sobre a realidade Moçambique.
Muitos deles escrevendo a partir da África do Sul ou Portugal, procuram escamotear a vergonha que está acontecer no seu país e vão se imiscuindo na política interna moçambicana.

Para clarear as suas mentes, passarei a transcrever, na íntegra, uma radiografia demolidora sobre o actual estagio da sociedade portuguesa.

“Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um PÚBLICO ACRÍTICO, BURRO E EMBRUTECIDO.

Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.

Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.

A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos?

Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?

Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?

Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?

Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?

As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?

Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?

O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.

Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.


Este é o maior fracasso da democracia portuguesa”


Clara Ferreira Alves - "Expresso"

Este texto é dedicaco aos portugueses de mafé...aos portugueses de boa fé, acredito que é doloroso ter compatriotas dessa estirpe.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MEXER E ZAINADINE PODEM RUMAR ESTA SEMANA PARA PORTUGUAL. NEGOCIAÇÕES DECORREM EM MAPUTO

Os jogadores do Desportivo de Maputo, Mexer e Zainadine Júnior, poderão ser contratados pelo Sporting e devem ambos partir para Lisboa ainda esta semana. A informação é avançada pela Lusa e baseia-se em declarações vindas do clube moçambicano e do empresário dos atletas Shafi Sidat.
Zainadine Júnior será para ficar um mês, após o que a equipa de Alvalade tomará uma decisão, e Mexer poderá ser contratado já esta semana.
"O negócio ainda não está fechado, temos de acertar alguns detalhes. Mesmo que fique acertado tudo aqui o negócio ainda vai depender da realização de testes médicos e do entendimento entre o Sporting e o atleta em relação ao salário e contrato", disse o presidente do Desportivo de Maputo, Michel Grispos, referindo-se a Mexer.
Michel Grispos, citado pelo jornal O País, confirmou que irá reunir-se esta segunda-feira, em Maputo, com um representante do Sporting, Paulo Cardoso, para acertar os detalhes do negócio de Mexer.
Caso se chegue a acordo, Mexer deverá viajar ainda esta semana para Portugal para fazer testes médicos e eventualmente assinar o contrato.
O também central Zainadine Júnior está também de partida para Portugal, para efetuar testes de observação durante um mês, na Academia do Sporting, após o que a equipa de Alvalade tomará uma decisão.
A Lusa questionou Zainadine Júnior sobre que perspetivas tem sobre a eventual contratação, mas o jogador remeteu um comentário sobre o assunto para mais tarde.
Os vistos para os dois atletas já foram pedidos, na semana passada, no consulado de Portugal em Maputo.
O empresário dos atletas, Shafi Sidat, também citado pelo jornal O País, confirmou a ida dos dois para Portugal mas não adiantou datas precisas.
O empresário disse que além do Sporting, mais três clubes estão interessados em Mexer, o Galatasaray, da Turquia, o Brondby, da Dinamarca, e o Bidvest, da África do Sul.
"Ainda hoje a BBC noticiou o interesse do Manchester United pelo jogador", disse o empresário, afirmando que no entanto não recebeu qualquer proposta.
Fonte: Jornal Record

Ps. Caso para dizer que o Futebol Moçambicano está em alta. Recorde-se que recentemente os Mambas subiram 12 lugares no Ranking da Fifa.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CASO AEROPORTO: ESFUMOU-SE MAIS UMA TENTATIVA DE MANCHAR O BOM NOME DA FRELIMO

Afinal os 25 mil dólares americanos que alegadamente teriam sido canalizados ao partido FRELIMO, na verdade destinaram-se a compra duma propriedade de 13 mil metros quadrados a favor do réu Diodino Cambaza.

Segundo a edição nº 1521 do Diário de Noticias, o cheque no valor de 25 mil dólares americanos da empresa Aeroportos de Moçambique foi emitido em nome da SMS que posteriormente transferiu para Joseldo Massango, pessoa que vendeu a propriedade ao Diodino Cambaza.

“MASSANGO CONFIRMA TER RECEBIDO CHEQUE DOS 25 MIL DÓLARES
- valor que saiu dos Aeroportos de Moçambique através de uma transferência para SMS Catering, a titulo de empréstimo, não tendo ido para o Partido FRELIMO como justificou-se antes, mas sim para compra de uma propriedade no distrito de Marracuene vindo contradizer ainda, o que antes foi dito pelo réu Diodino Cambaza, que disse em tribunal não o conhecer.
O declarante Joseldo Massango, confirmou ontem em tribunal ter recebido das mãos do então PCA dos Aeroportos de Moçambique, Diodino Cambaza um cheque no valor de 25 mil dólares americanos, referente ao pagamento de um propriedade de 13 mil metros quadrados, que valia no seu todo 800.000 mt.
No referido cheque, seguindo as instruções do réu, Diodino Cambaza, o declarante teria que devolver os 5 mil dólares, de acordo com o valor acordado remanescente dos 20 mil dólares, assim o fez, tendo levado assim que levantou no Banco a casa do Diodino Cambaza.” DN, 26.11.09

PS. Este é mais um exemplo dum corrupto que quando apanhado nas teias da corrupção, procura defender-se manchando o bom nome da FRELIMO.
Apelo para que o Governo da República de Moçambique, dirigido pelo partido FRELIMO, continue firme no combate a corrupção.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

MOCAMBIQUE ENTRE AS 75 MELHORES SELECÇÕES DO MUNDO

Segundo o ranking da FIFA divulgado hoje, Moçambique ocupa o lugar 72, sendo a melhor da África Austral e dos PALOPLS.
Em relação a última classificação, a selecção de todos nós subiu 12 posições. Certamente que a excelente exibição contra a Nigéria e a vitória inquestionável contra a Tunísia contribuíram para este feito.

É por isso que tenho orgulho em ser Moçambicano.

Orgulhosamente Moçambicano

Nuno Amorim

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

PRESIDENTE DA AWEPA FELICITA GUEBUZA

O presidente da AWEPA, Jan Fcholten, enviou uma carta ao PR congratulando-o pela vitória convincente para o cargo de Presidente da República.

Além do Jan Fcholten, Guebuza também recebeu uma mensagem do Primeiro-Ministro do Reino Unido, Gordon Brown, na qual destaca o sucesso no processo eleitoral e faz constar que o seu país desenvolve longas e estreitas relações com Moçambique. “Como um dos maiores doadores e amigo de longa data, espero ansiosamente que o Reino Unido venha a assumir um papel de liderança no trabalho que Vossa Excelência desenvolve para responder aos assuntos de maior interesse para o povo moçambicano”, lê-se na mensagem.

Guebuza continua a receber de vários quadrantes mensagens de felicitação pela sua reeleição ao cargo de Chefe do Estado e pela vitória da Frelimo nas eleições legislativas e provinciais de 28 de Outubro passado.

As felicitações do Presidente da AWEPA, organismo que fez uma observação credível ao processo eleitoral moçambicano, e do primeiro-ministro Britânico vêm provar o quão credível foi o processo eleitoral moçambicano.

Os boletins sobre o processo político moçambicano - BPPM, produzidos pela AWEPA, foram a fonte para a produção de muitos artigos ao nível da blogosfera.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

GUEBUZA E DHLAKAMA FORAM OS MAIS PREJUDICADOS PELOS MEMBROS DA MESA DE VOTO

Dos dados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, constata-se que após a requalificação dos votos o Candidato Armando Guebuza teve mais 11653, Dhlakama mais 9120, contra 2934 do Daviz Simango. Guebuza passou dos 2.962.974 para 2.974.627.
Se não fosse pela requalificação da CNE o candidato Armando Guebuza perderia mais de 11 mil votos.

GUEBUZA COMPLETOU TRÊS ANOS NA PRESIDÊNCIA DA FRELIMO

Foi a 13 de Novembro de 2006, em Quelimane, no decurso do Nono Congresso do Partido Frelimo, que Armando Emílio Guebuza foi proclamado Presidente dessa organização politica no poder em Moçambique desde Junho de 1975, em substituição de Joaquim Alberto Chissano, que a partir dessa mesma data e ainda em Quelimane no decurso do Nono Congresso da Frelimo, foi confirmado Presidente Honorário do Partido. O Nono Congresso da Frelimo decorreu de 10 a 14 de Novembro de 2006, em Quelimane. No último dia dos trabalhos, os congressistas elegeram Filipe Chimoio Paunde para o Cargo de Secretário-Geral do Partido e os actuais membros da Comissão Politica e do Comité Central. Desde que Armando Guebuza assumiu a Presidência da Frelimo tem estado a imprimir nova dinâmica sobretudo na reorganização no seio do Partido, valendo pelas vitorias eleitorais esmagadoras que desde então vêem somando.
Fonte: Autarca

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

HOJE HAVERÁ DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS ELEITORAIS

O Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Leopoldo da Costa, divulga as 15 horas de hoje os resultados finais das Eleições Presidenciais, Legislativas e Provinciais de Outubro último. A cerimónia será realizada no Centro de Conferência Joaquim Chissano.

Esta é a penúltima etapa do processo eleitoral, faltando apenas a validação dos resultados pelo Conselho Constitucional.

Espero que o espectro da fraude desapareça e os partidos derrotados comecem a trabalhar rumo as autárquicas de 2013 e as Presidenciais, Legislativas e Provinciais de 2014.

Sinceramente, esperava que o surgimento do MDM fosse uma lufada de ar fresco para a nossa jovem democracia, no sentido de ser um partido com base intelectual, que tinha a obrigação de ter um comportamento mais cívico.

Os resultados mostram que o surgimento prematuro do MDM só serviu para fragmentar cada vez mais a oposição e conferir uma vitória mais folgada a Frelimo. Nunca antes a Frelimo tinha ganho em todo território nacional...até Sofala!!!!!!!!

Nuno

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

NEGA TER AMEAÇADO INCENDIAR O PAÍS DHLAKAMA DÁ O DITO POR NÃO DITO

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, negou ontem ter ameaçado incendiar o país, caso os resultados eleitorais não fosse justos e transparentes.
Em relação aos seus pronuncia¬mentos do dia 29, segundo os quais iria incendiar o país, caso os resul¬tados destas eleições não fossem justos, Dhlakama, já moderado e cauteloso, deu o “dito por não dito”: “Eu não disse que iria incendiar o país, eu disse que Moçambique vai ser incendiado. Isso significa que, ao mobilizar esta gente, suponha¬mos, para fazer uma manifestação, a polícia vai disparar e Moçambique estaria a ser incendiado. Não disse que vou pegar fogo para incendiar, não sou disso, poderia ter feito em 1994, 1999 e 2004”. Acrescentou que, “de facto, se não houver bom senso, diálogo para se chegar a uma solução, esta gente vai incendiar o país. Só pelo facto de eu estar aqui, este local está cheio, imagine se eu subir neste carro e dizer: “gente, vamos manifestar.” O que vai acon¬tecer aqui?
Fonte: o país online
Ps. Ainda perdem tempo com o General Dhlakama

DIVISÕES ENTRE DOADORES COM OBSERVADORES APANHADOS NO MEIO

A missão de observadores da UE foi apanhada no meio. O grupo de apoio ao orçamento G19, em Setembro tinha assumido uma posição muito firme contra a exclusão do MDM, emitindo uma declaração e pedindo o encontro urgente com o Presidente Armando Guebuza e o Presidente da CNE João Leopoldo da Costa. Estes doadores procuraram o apoio dos observadores da UE.
Na quinta-feira a seguir às eleições, a chefia da missão de observadores da UE ficou sob pressão dos dois lados durante a redacção da declaração preliminar. Dum lado, o grupo de membros do Parlamento Europeu, onde a maioria eram portugueses, queria que a declaração fizesse altos elogios às eleições.
Do outro lado, os chefes das missões europeias mais a Noruega, Suiça e Canadá, encontraram-se com a chefia da missão de observadores da UE num encontro que por vezes se tornou azedo, com alguns embaixadores dos paises nórdicos a dizerem que os observadores da União Europeia estavam a ser muito complacentes com a CNE sobre a exclusão do MDM.
Fonte: BPPM 32, de 05 de Novembro de 2009

Ps. Isso mostra que o grupo Todd Chapman e Cª quer se imiscuir nos assuntos internos de Moçambique e que o MDM está a reboque de agendas externas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

ELEIÇÕES GERAIS - DERROTADOS DEVEM FELICITAR O VENCEDOR - APELA OBSERVATÓRIO ELEITORAL

O OBSERVATÓRIO Eleitoral, na voz do respectivo presidente, Brazão Mazula, apelou ontem aos candidatos que saírem derrotados das eleições presidenciais de 28 de Outubro para que assumam uma postura e dignidade de felicitarem pessoalmente o concorrente vencedor, logo que os resultados oficiais da votação forem anunciados.

Fonte: Notícias, 5 de Novembro de 2009

PS. Espanta-me que nenhum dos bloguistas da oposição se dignou a escrever uma única linha felicitando o partido vencedor.
Recordo-me que aquando das eleições autárquicas, o candidato da Frelimo ao nível da Cidade da Beira, Lourenço Bulha, convocou uma conferência de imprensa onde reconheceu os resultados e parabenizou o candidato vencedor...isso ocorreu logo que foram lançadas as primeiras projecções.

Será caso para dizer que falta algum civismo e espírito de fairplay ao nível da nossa oposição?

RELATÓRIO PRELIMINAR DOS OBSERVADORES DA UNIÃO EUROPEIA DÁ NOTA POSITIVA A FORMA COMO DECORREU A VOTAÇÃO, CONTAGEM E APURAMENTO

De um modo geral, TODO O MATERIAL NECESSÁRIO PARA A VOTAÇÃO E OS OFICIAS DE VOTAÇÃO ESTAVAM PRESENTES NO MOMENTO DE ABERTURA para assegurar que a votação iniciava à hora marcada e a votação começou, na maioria das mesas de voto, de acordo com o horário estabelecido. No geral, A VOTAÇÃO DECORREU DE UMA FORMA CALMA E O PROCESSO FOI BEM ORGANIZADO. OS PROCEDIMENTOS DE VOTAÇÃO, EM 88% DAS MESAS DE VOTO VISITADAS PELOS OBSERVADORES DA UNIÃO EUROPEIA FORAM CLASSIFICADOS COMO BONS OU MUITO BONS. Os oficias de votação estavam empenhados e em geral actuaram de forma profissional nas mesas de voto visitadas. EFICIÊNCIA NO FLUXO DE VOTANTES NAS MESAS DE VOTO, O USO DE CONTROLO E OFICIAIS DE SEGURANÇA E O SEGREDO DE VOTO, FORAM OUTROS ASPECTOS AVALIADOS PELOS NOSSOS OBSERVADORES COMO BONS E MUITO BONS em 95% das mesas de voto visitadas. Os observadores da União Europeia fizeram uma avaliação muito positiva da administração. Imediatamente após o encerramento da votação, iniciou-se a contagem em todas as mesas de voto perfeitamente à vista dos fiscais de partidos políticos e dos observadores. A CONTAGEM, que se prolongou durante a noite, em todo o país, FOI MAIORITARIAMENTE CONDUZIDA NUM AMBIENTE DE CALMA E ORDEM. Em alguns casos as condições eram difíceis, por exemplo, devido às fracas condições de iluminação. No total, abertura das mesas de voto, votação, encerramento das mesas de voto e contagem foram efectuadas de acordo com os procedimentos. A MOE UE continua a observar a agregação de resultados e seguirá o processo de quaisquer reclamações e recursos antes de pronunciar as suas conclusões finais.
EU Election Observation Mission – Moçambique 2009 Preliminary Statement
Presidential, Legislative and Provincial Assembly Elections
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A MOE UE DESEJA EXPRESSAR O SEU AGRADECIMENTO AO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE, À COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES, AO SECRETARIADO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO ELEITORAL E SOCIEDADE CIVIL, ASSIM COMO AO POVO DE MOÇAMBIQUE PELA SUA COOPERAÇÃO E ASSISTÊNCIA PRESTADA NO DECURSO DA OBSERVAÇÃO. A MOE UE também agradece à Delegação da União Europeia em Moçambique e às missões diplomáticas dos países membros em Moçambique pela assistência prestada durante o processo.
Contacto: Fernanda Abreu Lopes
Missão de Observação Eleitoral da União Europeia em Moçambique
Afrin Hotel (1° Andar) Rua Marquês de Pombal, N° 56 Maputo
Tel: (+258) 21 301781/2/4/7
Fax: (+258) 21 301788 email: info@eueom-mozambique.eu website: www.eueom-mozambique.eu

Ps. 1. O SUBLINHAR É DA MINHA INTEIRA RESPONSABILIDADE.
2. O AGRADECIMENTO EXPRESSADO EM RELAÇÃO AO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE, A CNE E AO STAE, MOSTRA QUE ESSAS INSTITUIÇÕES TUDO FIZERAM PARA CONDUZIR ESTE PROCESSO DUMA FORMA JUSTA, LIVRE E TRANSPARENTE. REALCE-SE QUE OS OBSERVADORES DA UE ESTÃO EM MOÇAMBIQUE A CONVITE EXPLÍCITO DO GOVERNO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE.
3. O SR. TODD CHPMAN DEVE ESTAR DESGASTADO COM ESSE RELATÓRIO.

PRESIDENTE CAVACO SILVA FELICITA O CANDIDATO PRESIDENCIAL DA FRELIMO

Nessa conversa telefónica o Presidente português desejou sucessos ao seu homólogo e sublinhou ainda que as eleições do dia 28 de Outubro constituíram uma eloquente demonstração do espírito cívico do povo moçambicano e do seu apelo à democracia, bem como um sinal de esperança que deposita no futuro do seu país.

Fonte: /www.frelimo.org.mz/

Ps. as declarações do Presidente Português juntam-se a de vários observadores nacionais e estrangeiros que não pouparam elogios a forma como decorreu o processo eleitoral em Moçambique.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ELEIÇÕES GERAIS - Frelimo e Guebuza virtuais vencedores

A FRELIMO, nas legislativas, e Armando Guebuza, nas presidenciais, são os virtuais vencedores das eleições de 28 de Outubro último quando estão contabilizados os votos de pouco mais de 85 por cento das 12 804 mesas nos 13 círculos eleitorais que compreendem as 11 províncias, mais a África e a Europa. Uma vez concluído o processo de apuramento provincial, cujos dados são divulgados a partir de hoje, segue-se a centralização da informação para a Comissão Nacional de Eleições que tem quinze dias, contando da data das eleições, para anunciar os resultados.
Com efeito, quando estavam processadas 11 357 mesas de um total de 12 595 (89,43 por cento) o candidato presidencial da Frelimo, Armando Guebuza somava 2 624 564 votos (76,25 por cento), Afonso Dhlakama com 513 746 votos (14,93%25). Daviz Simango 303 585 (8,82 por cento).
As províncias cujo apuramento já atingiu 100 por cento, são nomeadamente as de Inhambane, Maputo e Manica que dão vitória à Frelimo e ao seu candidato. As restantes províncias atingiram já um nível de processamento que varia de 69,59 (Tete) a 99,69 por cento (Sofala).
Dos dados referentes à província de Inhambane nas eleições para a presidência, Armando Guebuza somou 233 090 votos (86,51 por cento), quando tinham sido escrutinadas a totalidade de 868 mesas. Segue Daviz Simango que totalizou 20 809 votos (7,72 por cento) e Afonso Dhlakama com 15 526 (5,76 por cento). Na mesma província, o partido no poder soma para a Assembleia da República 207 989 votos (82.37 por cento), contra 18 991 do maior partido da oposição nacional (7,52 por cento).
No círculo eleitoral de Manica e numa altura em que foram já processadas a totalidade das 847 mesas, a Frelimo figura em primeiro plano contando com 181 727votos (70,76 por cento) e a Renamo com 63 774 votos (24,83 por cento). Armando Guebuza ganha com 183 011 votos (70,15 por cento), Afonso Dhlakama em segundo lugar com 58 222 votos (22,32 por cento) e Daviz Simango na terceira posição com 19 663 votos (7,54 porcento).
Na província do Maputo, quando estavam escrutinadas um total de 848 mesas (100 por cento) Armando Guebuza arrecadou um total de 227.425 votos seguido de Daviz Simango com 26 577 votos (10,02 por cento) e Afonso Dhlakama com 11 322 votos. A Frelimo ficou com 230 551 votos (88 por cento) a Renamo 21 103 (8,07 por cento).
Dados do maior círculo eleitoral, Nampula, onde já tinham sido contabilizados pouco mais de 90 por cento das mesas (1958), Armando Guebuza continua o candidato mais votado com 31 4851 votos (68,82 por cento) seguido de Afonso Dhlakama com 116 442 votos (25,45 por cento) e Daviz Simango com 5,73 por cento da tendência, correspondente a 26 231 votos. Nas legislativas, a Frelimo assume a liderança com 360 638 votos e a Renamo com 151 981 (27,89 por cento).
A mesma tendência de voto foi manifestada pelos moçambicanos no resto do país. Dados referentes a África, do círculo eleitoral do estrangeiro, dão conta que quando estavam apuradas 69,07 por cento de um total de 97 mesas, o candidato da Frelimo seguia em frente com um total de 38 339 votos, seguido de Dhlakama com 685 e Simango com 651. A Frelimo monopolizou a atenção dos votantes que depositaram a seu favor um total de 35 285 votos (92,02 por cento), seguido da Renamo com 2 636 (6,87).
No resto do mundo a Frelimo arrecadou na totalidade das sete mesas, 630 votos (84,79 por cento) e a Renamo 63 (8,48 por cento). O candidato da Frelimo arrecadou 598 votos, Daviz Simango 136 e Dhlakama 24.

Fonte: Notícias de 2 de Novembro de 2009

PS: A criação do MDM serviu para fragmentar a oposição e fortificar a Frelimo.

Nunca antes a Frelimo tinha vencido em todo o território nacional...espantam-me a vitória da Frelimo em Sofala no geral e em particular em Maríngué (base da Renamo) e Machanga (terra natal do Daviz)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

GERAÇÃO DA VIRAGEM

O presidente Guebuza apelidou, no passado dia 6 de Outubro de 2009, a geração actual que com os seus próprios meios e inspirados nas gerações anteriores, as de 25 de Setembro e 8 de Março, estão a mudar Moçambique.

Uma geração que se engaja na luta contra a pobreza absoluta e é grata por aquilo que o povo lhe dá e busca formas de recompensá-lo. Uma geração que está consciente de que se pode armar de conhecimentos que adquiriu na escola para fazer a sua parte na resolução dos problemas da nação e combate ao espírito de mão estendida.

Para Guebuza, esta geração quebrou o mito de que o Jovem formado só pode ir trabalhar no campo depois de satisfeitas as condições materiais “superfulas”.
Graças a geração de viragem aumentou o número de médicos e magistrados nos distritos, o que contribuiu para o melhoramento qualitativo da administração da justiça e dos serviços de saúde para a população rural.

Sinto-me orgulhoso por fazer parte da geração da viragem.

Nuno Amorim

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CAMPANHA ELEITORAL - Em Mecubúri: MDM perde membros

O MOVIMENTO Democrático de Moçambique, MDM, está em apuros no distrito de Mecubúri, província de Nampula, devido ao abandono dos seus apoiantes que se têm juntado a Frelimo, situação que tem dificultado a realização da campanha do seu candidato presidencial, Daviz Simango, para as eleições de 28 de Outubro próximo.


Numa semana, pelo menos três dezenas de apoiantes daquele movimento oficializado em Maio deste ano juntaram-se à Frelimo aonde foram se apresentar igualmente dois membros do Partido da Democracia e Desenvolvimento, por razões que se prendem com a alegada ausência de orientação por parte da cúpula provincial do MDM.

A nossa Reportagem apurou que a apresentação daqueles dissidentes do MDM por parte do partido Frelimo em Mecubúri está agendada para amanhã, num acto em que se esperam surpresas porquanto circulam rumores de que membros e simpatizantes da Renamo pretendem mudar a sua filiação para se juntar à formação política no poder.

No entanto, Flauzinho Manuel, coordenador da campanha eleitoral do MDM em Mecuburi, acusa a Frelimo de aliciar os apoiantes do movimento de Daviz Simango, acrescentando que os cerca de trinta que desertaram semana passada são o exemplo do trabalho do partido no poder visando reduzir os seus adversários políticos à insignificância.
“Por outro lado, eles ameaçam por exemplo reprovar os jovens alunos que constituem uma forte expressão do MDM, e como eles não querem esbanjar o esforço realizado durante o ano lectivo por questões partidárias optam por desertar e juntar-se à Frelimo ou dedicar-se exclusivamente aos estudos”- lamentou Flauzinho Manuel.

O político salientou que a campanha eleitoral do seu movimento em Mecubúri pode ficar suspensa definitivamente a qualquer momento, “porque o número de dissidentes do MDM poderá subir nos próximos dias, uma vez que os cerca de trinta dissidentes são apenas da sede distrital e ainda não fizemos a monitoria nos postos administrativos de Namina, Milhana e Muite, onde existem brigadas destacadas para conquistar a confiança do eleitorado local”.

O MDM iniciou a sua “caça” ao voto em Mecubúri com cerca de duas semanas de atraso, prometendo melhorar o sistema de saneamento e de abastecimento de água potável, promoter oportunidade de emprego para os jovens nos sectores da indústria, além da construir uma linha de média tensão de energia eléctrica da rede nacional ao distrito, caso o seu candidato presidencial, Daviz Simango vença as eleições presidenciais.

Fonte: Noticias, Maputo, Terça-Feira, 6 de Outubro de 2009

Explicação dada pelo Coordenador do MDM é típica de pessoas que perderam o controlo...ou melhor, dos que culpam sempre o chão quando não sabem dançar

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

MDM MENTIU AO POVO

Contráriamente ao que afirmou na semana passada

O MDM pediu à CNE flexibilidade nas regras para candidato à AR

Ao contrário do que nos foi dito na semana passada (Boletim 4), o MDM pediu que a CNE fosse flexível nas regras para candidatos à Assembleia da República e candidatos às assembleias provinciais. A nós afirmou que só tinha feito o pedido relativamente aos candidatos provinciais. Mas as suas cartas demonstram que pediu também para candidatos de duas províncias às eleições nacionais, um em Manica outro na Zambézia, onde não conseguiu apresentar listas completas. Numa carta datada de 15 de Agosto, José Manuel de Sousa, mandatário do MDM, admitia à CNE que os documentos para dois candidatos “não estão físicamente em Vosso poder”. O MDM disse ao Boletim que a 17 de Agosto todos os documentos seriam apresentados à CNE, mas claramente este não foi o caso.
Na mesma carta, Sousa disse que ”os candidatos do MDM estão enfrentando enormes dificuldades para a obtenção de atestados de residência em diversos círculos eleitorais por todo o pais. Esta situação verifica-se, sobretudo, nas províncias de Gaza, Inhambane e Maputo, com maior incidência no Distrito de Manhiça, onde as autoridades municipais locais pouco colaboram.”
Numa segunda carta a 28 de Agosto, Sousa fez uma lista de 160 candidatos em nove províncias que não tinham conseguido obter atestados de residência.
O MDM é o Movimento Democrático de Moçambique de Daviz Simango.
As duas cartas estão postadas no nosso website:
www.eleicoes2009.cip.org.mz

Fonte: Boletim Sobre o Processo Politico em Moçambique, Número 6
22 de Setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CARTA DO MDM À COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES

EXMO SENHOR: PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES (CNE)

MAPUTO


Excelencia,

José Manuel de Sousa, mandatário do partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que se candidata a corrida eleitoral de Outubro próximo, TENDO CONSTATADO ALGUMAS IRREGULARIDADES NOS PROCESSOS DE CANDIDATURA ENVIADOS A V.EXCIA, uma vez que ainda não se afixaram as listas definitivas de candidatura, vem através desta expor e solicitar o seguinte:

1. Cabo Delgado

Com relação as candidaturas ás eleições provinciais para aquela provincia, FORAM ENVIADOS AOS VOSSOS SERVIÇOS PROCESSOS INDIVIDUAIS DO MDM SEM RESPECTIVA RELAÇÃO NOMINAL DO POSICIONAMENTO DOS CANDIDATOS POR DISTRITOS, FACTO QUE OCORREU POR ERRO HUMANO NO DICURSO DA DIGITAÇÃO DOS PROCESSOS.
Assim, em face da situação, MUITO AGRADECIAMOS QUE V.EXCIA AUTORIZASSE QUE O SIGNATÁRIO EFECTUASSE TAIS DOCUMENTOS (RELAÇÕES NOMINAIS) DIRECTAMENTE NOS VOSSOS SERVIÇOS, DADO A DIFICULDADE QUE EXISTE DE SABER QUEM CONSTA DOS PROCESSOS EM QUESTÃO, já em poder de V.Excia.

2. Distrito de Milange (Candidatos á Assembleia Provincial da Zambézia)

Relactivamente ao ponto em epígrafe, O SIGNATÁRIO INFORMA QUE NOVAMENTE POR ERRO HUMANO, FOI ENVIADO A V.EXCIA EM FORMATO ELECTRÓNICO A RELAÇÃO DE CANDIDATOS POR AQUELE DISTRITO, CARECENDO, NO ETANTO DE UM ACOMPANHAMENTO FISICO DOS RESPECTIVOS PROCESSOS EM RELAÇÃO NOMINAL. Deste modo, agredeciamos novamente o absequio de V.Excia que autorize a recepção dos documentos em falta, para a solução da questão em apreço.

3. Candidaturas ás Eleições Legislativas para as Provincias de Manica e Zambezia

No tocante as listas de candidaturas para essas duas provincias, CONSTATOU-SE QUE OS PROCESSOS DOS CONCORRENTES INÁCIO CHARLES BAPTISTA (POR MANICA) E ERNESTO PEDRO (POR ZAMBÉZIA), EMBORA O SEGUNDO FIGURANDO NA RELAÇÃO NOMINAL EM VOSSO PODER, AMBOS NÃO ESTÃO FISICAMENTE EM VOSSO PODER. Assim, agradeciamos que autorizasse a recepção dos respectivos processos, passando o Sr. Baptista a figurar na terceira posição na lista de Manica e o Sr. Ernesto Pedro na décima segunda posição na lista de Zambézia. Junto se anexa as listas definitivas e os processos em falta.

4. Outros

Embora ainda não notificados em relação ás candidaturas para as eleições provinciais, cumpre-nos informar a V.Excia que os candidatos do MDM estão enfrentando enormes dificuldades para a obtenção de atestados de residencia em diversos círculos eleitorais por todo o país. Esta situação verifica-se sobretudo, nas provincias de Gaza, Inhambane e Maputo, com maior incidéncia no distrito de Manhiça, onde as autoridades municipais pouco colaboram.

Esperançados da vossa melhor colaboração, e cientes de que o exposto acima merecerá da V.Excia melhor atenção, subscrevemo-nos com elevada estima e consideração.


Respeitosamente

V.Excia

__________________
José Manuel de Sousa

Maputo, 15 de Agosto de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

MDM AUTO-EXCLUIU-SE DO PROCESSO

Tem-se dito e escrito muita coisa em torno da exclusão do MDM de 9 dos 13 círculos eleitorais.

Após várias leituras e tendo em conta do sucesso recente do MDM que decorreu da estratégia de vitmização do seu lider, cheguei a conclusão que a exclusão do MDM dos nove círculos eleitorais foi resultado duma estratégia programada.

O MDM prevendo a pesada derrota que sofreria em tais círculos eleitoras, em função da fraca representatividade ao nível nacional, decidiu desorganizar os processos e remete-los fora do prazo.

Eles sabiam que assim seriam excluídos e já poderiam aparecer a dizer que foram excluídos pelo Partido Frelimo, através da CNE. Apareceriam mais uma vez, a vista do eleitor, como um coitado. Tentado mais uma vez rogar pela caridade do povo Moçambicano.

Repare-se que nas províncias como, (Sofala, Maputo-Cidade, Niassa e Inhambane), onde achavam que teriam alguma predominância, os processos foram correctamente organizados e remetidos dentro dos prazos.

Se olharmos para o alarido que se criou com a exclusão do MDM reparamos que renasce com este, o sentimento de vítimização, que acompanhou o seu líder desde a sua expulsão da RENAMO, onde não se olha para o facto deste ter pisado ou não a bola, mas sim, para uma vítima, logo, inocente, frágil, por acarinhar, que deve encontrar o alento do povo quando supostamente pisado por grandes.

Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

As Gaffes do Venâncio Mondlane

A STV promoveu um debate onde os painelistas eram o Venâncio Mondlane, Alberto Nkutumula e Pedro Muiambo, com a moderação do irreverente Jeremias Langa. O móbil do debate era analisar as eleições 2009, com o particular enfoque para a exclusão dos partidos políticos.
O Venâncio, no seu estilo característico - que levou os académicos a apelidarem-no de INTELECTUAL HOLOCAUSTICO - foi cometendo gaffes atrás de gaffes, chegando ao cúmulo de dizer que NÃO HAVIA NENHUM ARTIGO QUE EXCLUÍA UM CADASTRADO DE CONCORRER A ASSEMBLEIA DA REPUBLICA. Com a arrogância característica, tentou enganar aos telespectadores com o artigo que fala da inelegibilidade dos candidatos...esqueceu-se que havia um artigo que falava do eleitor passivo. Provavelmente a sua formação inicial justifique tamanha aberração.

O Dr. Nkutumula, na sua habitual calma, fez-lhe consultar o artigo que fala do eleitor passivo e o Venâncio meteu o “rabinho” entre as pernas...Parecia que estavam a dar aulas de direito ao Eng. Venâncio, chegou a meter pena ver-lhe a banalizar-se.

Nuno Amorim

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CAI MASCARA DE DAVIZ SIMANGO

O QUE O PRESIDENTE DO MDM FEZ FOI VIR PROFERIR AMEAÇAS, UMA POSTURA QUE NÃO ESPERAVA QUE UMA PERSONALIDADE DO SEU CALIBRE PUDESSE TER – LEOPOLDO DA COSTA, PRESIDENTE DA CNE

Beira (O Autarca) – Já nos diziam os mais velhos que a ambição quando é desmedida transforma o homem num selvagem. Não foi o que propriamente aconteceu com Daviz Simango, mas o facto de o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, o respeitado académico Leopoldo da Costa, um homem de carácter puro humilde, inteligente, refere publicamente que não esperava de uma personalidade do calibre de Daviz Simango a postura que deixou ficar, no mínimo isso remete-nos a uma reflexão sobre quem de facto o Presidente do MDM é. Na nossa modesta opinião, seria intolerante, de facto, a postura de Daviz Simango, sem com isso pretender-se menosprezar a sua preocupação, se não mesmo, inquietação. É que independentemente da razão ou não, para uma pessoa com tanta ambição como a de ser Presidente da República, no mínimo exige-se civismo sobretudo em fóruns públicos como aconteceu o encontro com o Presidente da Comissão Nacional de Eleições. Acrescentando, deve ter equilíbrio emocional. Agora, essa de solicitar encontro com a figura máxima da CNE e chegar lá não ter a calma e paciência necessária, limitando-se a descarregar a sua raiva sem tempo para ouvir a outra parte, abandonar a sala de audiência sem cortesia, no mínimo isso revela falta de educação.
Daviz Simango já foi tratado varias vezes pela imprensa pela violação sistemática das normas de Estado, desobediência, arrogância e usurpação de poderes até superiores. Esperava-se a descontinuidade desse comportamento, mas não é o que esta a acontecer.
Cada vez mais grosseiro. Isso envergonha-nos como beirenses, porquanto ele e o maior da autarquia. Ao desenhar o seu projecto politico, já devia ter a noção de que nem tudo lhe seria pêra-doce, como aconteceu quando foi expulso da Renamo por desobediência e venceu as eleições na Beira._(FC)

Fonte: jornal autarca, 10 de Setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

CNE coloca partidos desorganizados fora do pleito

A Comissão Nacional de Eleições(CNE) publicou, no último fim-de semana, a lista dos partidos apurados e rejeitados para concorrerem às eleições Legislativas e Provinciais de 28 de Outubro próximo.
Nesta ordem, apenas as duas maiores forças política do país, a Frelimo e a Renamo, respectivamente é que concorrem em todos os círculos eleitorais, a saber:Cidade de Maputo, Maputo, Gaza, Inhambane, Manica, Zambézia, Tete, Nampula, Niassa, Cabo Delgado, África e Europa.
O Movimento Democrático de Moçambqiue(MDM), do actual edil do Chiveve, Deviz Simango apenas concorre em quatro círculos, ou melhor, em Maputo Cidade, Inhambane, Sofala e Niassa.

Fonte: Vertical, Maputo terça-feira 08.09.2009 Nº 1901

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

CONFRONTOS POLÍTICOS REGISTADOS SEGUNDA-FEIRA EM MILANGE

(Maputo) Os maiores partidos políticos em Moçambique, a Frelimo e a Renamo, estão desde segunda-feira, a trocar acusações sobre a génese dos confrontos políticos que tiveram lugar no início desta semana, no posto administrativo de Majaua, distrito de Milange, província da Zambézia.
Num verdadeiro jogo de cada contendor puxar a sardinha para a sua brasa, a Frelimo diz que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que em visita à província da Zambézia passou segunda-feira por Milange, incitou claramente os seus membros a protagonizar actos de violência contra os membros da Frelimo.
Entretanto, o porta voz da Frelimo, Edson Macuacua, não conseguiu explicar como é que os membros da Frelimo apareceram nas proximidades onde a Renamo estava a realizar o seu comício.
Este é o ponto de argumento da Renamo que considera que os membros e simpatizantes da Frelimo foram ao local onde estava a decorrer o comício de Afonso Dhlakama simplesmente para provocar, o que, resultou em confrontos entre as duas partes. A Frelimo chegou mesmo a acusar o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, como tendo disparado ao ar, em frente da sede da Frelimo em Milange. Em resultado dos confrontos, um total de 8 pessoas, das quais duas em estado grave, contraíram ferimentos.(R)

Fonte: Mediafax, 02.09.09

NOTA POSITIVA PARA O PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA

Juristas dão nota positiva ao desempenho do PGR nos últimos dois anos

Os Juristas Abdul Carimo, António Frangoulis, Alberto Nkutumula e Justino Tonela foram unânimes em afirmar que o desempenho do PGR, Agusto Paulino, nos últimos dois anos, foi bastante positivo.

Para Abdul Carimo, Dir. da Unidade Técnica de Reforma Legal, a procuradoria encontrou o seu caminho. Segundo este jurista, a procuradoria tem tido, nestes últimos dois anos, muitas iniciativas no sentido de responder as preocupações de diversas índoles COM RIGOR, QUALIDADE E RESPEITO PELOS DIREITOS DA LIBERDADE.

Segundo António Frangoulis, ex-Director da PIC Cidade, até agora o desempenho do PGR é bastante positivo, entretanto ele reconhece que a acusação em relação “ao caso Siba-Siba Macuacua” foi fraca.

Alberto Nkutumula, Jurista, Docente Universitário, Comentador Televisivo e Bloguista, diz que o PGR ainda não teve tempo para fazer mais do que fez até agora. E afirma que dá nota positiva pela coragem demonstrada, pois ousou mexer com os chamados intocáveis.

A mesma posição é secundada pelo Jurista Justino Tonela. Para Tonela, olhando pelos processos que tem vindo a analisar, notaremos que os resultados alcançados pelo PGR são visiveis e positivos.

Fonte: o pais, 31 de Agosto de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Guebuza volta a ser Reconhecido pela Comunidade Internaciobnal

Celebrando um prémio para Guebuza

Por: Heitor Jacob Nkomo

É sempre com grande satisfação que se toma conhecimento de que o Presidente Armando Guebuza recebeu o prémio africano de promoção do género. Trata-se do prémio “Nandi”, uma estatueta inspirada na história de uma mulher africana que enfrenta desafios na vida social, política e económica.
O prémio, decidido em Janeiro último, em Addis-Abeba, na Etiópia, foi atribuído pela organização “Femmes Africa Solidarité”. A Presidente desta organização, Bineta Diop, justificou a decisão referindo que Moçambique saiu muito recentemente de um conflito armado mas tem se destacado, mais do que muitos países africanos, na promoção do género, para além de que é um raro exemplo de territórios que conseguem manter a paz. Diop reconheceu, por outro lado, que sem a liderança aberta do Presidente Armando Guebuza “não estaríamos aqui, hoje, a reconhecer este feito”.
Este prémio, ao homenagear o Presidente Guebuza, homenageia a imagem do partido de que é líder e homenageia a imagem de um país que, ao longo de mais de quatro décadas, Guebuza e os seus companheiros vêm moldando, construindo e aperfeiçoando. E nessa titânica tarefa, o Presidente Guebuza esteve sempre na primeira linha.
Quando em 2003 Armando Emílio Guebuza foi escolhido pelos seus companheiros para substituir o insigne diplomata e estadista que é Joaquim Chissano, a esperança dos moçambicanos por um futuro melhor de progresso e desenvolvimento foi renovada. Os moçambicanos conheciam, afinal, com bastantes detalhes, a trajectória de Guebuza. Ainda com tenra idade, como dirigente do NESAM, Armando Guebuza inspirou os seus companheiros a manterem-se ligados às suas raízes.
Quando toda a máquina psico-social do regime colonial insistia num ensino alienante, que procurava subtrair os africanos da sua história e da sua cultura, Guebuza e seus condiscípulos, rapazes e raparigas, empenhavam-se na recuperação do Xigubo, do Ndlhama, do Muthimba, do Limbondo, do Mapiko, do Makwhay, da literatura africana consubstanciada nos Karingana Wa karingana e na canção moçambicana. O mérito desta acção deve ser vista tendo em conta o poder da propaganda colonial que fazia com que, qualquer jovem que entrasse no primeiro ciclo do ensino secundário passasse a ter vergonha de falar a sua língua (que os colonialistas chamavam língua de cão). Alguns tinham mesmo vergonha de apresentar suas mães que envergassem, por exemplo, a capulana ou o lenço.
O NESAN dirigido por Guebuza foi um verdadeiro centro de resistência contra a manipulação colonial. Não é, pois, de admirar quando muitos dos seus jovens membros, homens e mulheres, embrenharam-se na luta clandestina aquando da fundação da FRELIMO. Nesta opção voltou a destacar-se Armando Guebuza que, nesta fase, se notabilizou como um destemido combatente da clandestinidade.
O grupo de que Armando Guebuza fazia parte e que tentou chegar à Tanzania, via Rodésia, era constituído por jovens de ambos os sexos. Destacam-se neste grupo o próprio Guebuza, Ângelo Chichava, Milagre Mazuze, Josina Machel e Adelina Mocumbi. Já naqueles longínquos anos havia clareza de que a luta do povo moçambicano, para vencer, deveria contar com uma activa participação da mulher.
Com Samora, Chissano, Chipande, Mabote e outros combatentes Armando Guebuza simbolizou a recuperação da dignidade roubada pelo ocupante. A luta titânica pela libertação da nossa pátria e a epopeia do estabelecimento do primeiro Estado dirigido por moçambicanos figurarão na história universal como indómitas reivindicações protagonizadas por uma geração valorosa, altiva e resoluta. Foi rememorando esta trajectória de Guebuza que as esperanças dos moçambicanos foram renovadas aquando da sua eleição como Presidente da República.
As esperanças dos moçambicanos não foram defraudadas. A dinâmica liderança de Guebuza marcou diferença nestes últimos cinco anos. Peguemos apenas num exemplo. A transferência de recursos e poder para os distritos conferiu maior protagonismo às moçambicanas e moçambicanos. Esse protagonismo é visível ao nível político e, também, ao nível económico. No que concerne à mulher, a sua presença é visível nos Conselhos Consultivos, na chefia de postos administrativos, na administração de distritos, no governo de províncias, na chefia de ministérios, como deputadas, como embaixadoras. A mulher está, verdadeiramente, no centro do poder. Ao nível económico, a mulher beneficia enormemente da alocação dos sete milhões aos distritos. Uma parte importante dos projectos financiados são formulados e geridos por mulheres.
Como aconteceu durante a heróica luta pela independência, os moçambicanos sabem hoje que a luta contra a pobreza só será vencida se a mulher partilhar responsabilidades com o homem. Se ela, também, exercer o poder. Poder político e poder económico.
Fonte: notícias 31/08/09

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

DAVIZ SIMANGO ACABA REVELANDO IGNORÂNCIA, INSUBORDINAÇÃO, DESCONHECIMENTO DA LEI OU PURA E SIMPLESMENTE DESOBEDIÊNCIA A ELA.

Desde quando Presidente de Município concede Tolerância de Ponto?

Beira (O Autarca) – O Presidente do Conselho Municipal da Beira, Daviz Simango, violou ontem uma das normas mais elementares do País, ao mandar publicar num jornal da praça um comunicado por si assinado no qual refere e passamos a citar na íntegra:

- “Por ocasião da comemoração dos 102 anos da elevação da Beira à categoria de Cidade e, para permitir que os residentes passem condignamente a data, torna-se público que no dia 20 de Agosto corrente, o Conselho Municipal concede tolerância de ponto a todos os trabalhadores desta urbe. Todavia, refira-se que a mesma não abrange os trabalhadores cujos serviços, por sua natureza, não devem ser interrompidos.
Cordiais Saudações
Beira, aos 17 de Agosto de 2009
O Presidente
Daviz Mbepo Simango
(Engº Civil).

A lei que regula essa matéria, nomeadamente Nº 23/2007, de 1 de Agosto, mais concretamente no seu Nº 1, do artigo 97, é clara: Compete ao Ministro que tutela a área do trabalho conceder a tolerância de ponto. Neste caso a Ministra. Nem o Presidente da República, muito menos o da Assembleia da República, a Primeira Ministra, o Governador Provincial tem essa competência. Quanto mais o Presidente do Município. Trata-se de uma competência exclusivamente conferida por lei neste caso a Ministra Maria Helena Taipo, que tutela a área do Trabalho. Perante esse cenário, Daviz Simango só pode ter revelado ignorância, insubordinação, desconhecimento da Lei ou pura e simplesmente desobediência à ela, segundo comentou uma fonte próxima do Gabinete da Ministra do Trabalho que, entretanto, prometeu reacção da titular em devido momento.
Mais caricato nisso é o facto de o próprio Daviz Simango entanto que edil da Beira ter se sujeitado ao cumprimento das formalidades prévias, designadamente no dia 10 de Agosto corrente dirigiu um ofício a Ministra do Trabalho, com a referência 295/GP/09, requerendo a concessão de tolerância de ponto no próximo dia 20 por ocasião da comemoração dos 102 da elevação da Beira a categoria de Cidade, tendo sido autorizado pela Ministra no dia 12 do mesmo mês. Entretanto, não se percebe como volta e meia torna-se desconhecedor dessa norma, apresentando-se em público como se fosse ele a conceder a tolerância de ponto amanhã.
Além de ter sido eleito a menos de dez meses para o cargo de Presidente do Conselho Municipal da Beira, Daviz Simango já é candidato à Presidência da República nas eleições de 28 de Outubro próximo pelo MDM, partido por si criado. Já pertenceu o PCN e no ano passado foi expulso da Renamo por desobediência.
Autarca, Ano XI – Nº 1823 – Quarta-feira, 19 de Agosto de 2009

São constantes os relatos do mau relacionamento entre o Daviz e as estruturas de governo ao nível da Cidade da Beira e Província de Sofala.
Estes episódios mostram que o Daviz tem défice de cultura de estado e desrespeito a lei.

Nuno Amorim

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Confirmado o Primeiro caso da Gripe A (H1N1) em Moçambique

Foi confirmado o primeiro caso da Gripe A em Moçambique. A gripe foi diagnosticada a um cidadão nacional, que por razões de ética o Ministro da Saúde preferiu não revelar o nome.
No entanto, dada a mediocridade do nosso jornalismo, surgiu-me uma dúvida relativamente a origem da doença. Para a TVM o cidadão terá contraído a gripe na vizinha África do Sul, onde esteve durante dez dias; enquanto que a STV dizia que tal cidadão nunca saiu do território moçambicano.
Quem diz a verdade?

Segundo o Ivo Garrido, não há razões para alarme porque Moçambique possui 30.000 doses de medicamento da gripe espalhadas por unidades de saúde de referência.

Importa salientar que o cidadão foi tratado e já teve alta.

Fonte: Leonardo Chavana, Porta-voz do MISAU no Jornal da Noite da STV e Paulo Ivo Garrido, Ministro da Saude no Telejornal da TVM.

Nuno Amorim

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A Propósito da Ponte Armando Emílio Guebuza

(Resposta a Carlos Nuno Castel-Branco)
Obed L. Khan

Num texto bastante longo, repetitivo, cansativo, zangado e que, pela sua extensão, revela que o autor teve falta de tempo para escrever pouco, Carlos Nuno Castel-Branco, parodiando um Dom Quixote dos trópicos, arremessa grotescamente contra moinhos de vento, a propósito da Ponte Armando Emílio Guebuza. O texto escrito por Castel-Branco é tão confuso que, por exemplo, confunde socialismo científico com socialismo democrático, ao ponto de, demagogicamente, declarar que “no socialismo democrático, o tal patrão não deve existir” pois em tal democracia socialista a “soberania é dos cidadãos trabalhadores da República socialista democrática e não dos patrões”. Que democracia é esta, de que fala Castel-Branco que exclui importantes parcelas da sociedade, para só beneficiar o proletariado? Que democracia é esta que exclui os intelectuais, os estudantes, os proprietários e outras camadas sociais? Provavelmente, nesta democracia excludente Castel-Branco teria lugar por ser um intelectual revolucionário! É o que dá escrever tendo como mira uma vasta plateia da qual se esperam vibrantes aplausos.

Na “carta” de Castel-Branco a figura do Chefe de Estado, a quem ele chama “PR de ocasião” é tratado com uma linguagem própria de arruaceiro despeitado, tudo na vã tentativa de negar méritos a Armando Emílio Guebuza. Por exemplo, a governação de Guebuza, inegavelmente marcada por um forte compromisso com a promoção da cidadania e da participação democrática para regiões que, durante séculos, viveram excluídas do mercado e da modernidade é considerada por Castel-Branco de “mandato de uma governação absolutista”. Será, na verdade, absolutista um Presidente que, durante o seu mandato, lançou as bases para o desenvolvimento integrado com epicentro no distrito? Será absolutista um Presidente que drenou recursos para os distritos e tomou as necessárias medidas para que esses recursos circulassem nos distritos e servissem de alavanca para o surgimento de produtores e proprietários virados para o mercado (os tais que a democracia socialista de Castel-Branco pretende de novo excluir)? Será absolutista um Presidente que apostou fortemente no reforço e consolidação dos Conselhos Consultivos Locais, autênticos fóruns de aprendizagem e de participação democrática? Será absolutista o Presidente que, na esteira da filosofia da FRELIMO de Unidade Nacional, promoveu impetuosamente o sentido de pertença a este belo país, por de parte de moçambicanos oriundos das mais diversas partes desta pérola do Índico?

É verdadeiramente espantoso como, não obstante os reconhecidos atributos de Guebuza como promotor do desenvolvimento nacional, da Unidade Nacional, da participação democrática, da expansão das infra-estruturas viárias, ferro-portuárias, de energia, hidráulicas e outras, Castel-Branco insiste em ensinar-nos que não vê “nada que justifique a atribuição do nome de Armando Emílio Guebuza à ponte”. Sintomaticamente, o zangado articulista não avança nenhuma sugestão de nome, numa clara demonstração de que qualquer nome MOÇAMBICANO que fosse dado àquela majestosa ponte seria por ele rejeitado. A propósito, na sua truculenta prosa, Castel-Branco informa-nos que, na única(?) sessão do Conselho de Ministros não presidida pelo PR “foram rejeitadas opções claramente mais neutras e unificadoras sem qualquer justificação aceitável...”. Já agora, pode Castel-Branco informar-nos quais foram essas outras opções apresentadas na sessão? Quem apresentou essas outras opções que foram rejeitadas? E tem mesmo a certeza de que o Presidente da República esteve presente em todas as outras sessões do Conselho de Ministros, para além daquela que deliberou o nome da ponte?

Num exercício demagógico e populista, Castel-Branco traça um perfil epopeico da travessia do Zambeze pelos combatentes da luta de libertação nacional, do qual tenta desesperadamente dissociar Guebuza. Diz o zangado articulista que a “travessia do Zambeze pelos guerrilheiros da FRELIMO foi um dos marcos fundamentais na construção da vitória sobre o colonialismo”. Talvez recordar a Castel-Branco que Guebuza, ainda adolescente, se envolveu na luta contra o colonialismo como dinâmico, esclarecido e respeitado líder estudantil. Como parte da doirada e heróica juventude dos inícios da década 60, Armando Guebuza foi um destemido lutador clandestino, enfrentando diariamente o perigo da delação, da prisão, da tortura e do assassinato pelas forças repressivas coloniais, racistas e fascistas. Ávido duma participação mais activa na eliminação dos obstáculos à nossa independência, Guebuza engajou-se na acção directa, nos primórdios do desencadeamento da Luta Armada de Libertação Nacional. Ele foi um importante factor de coesão interna na Frente de Libertação, de elevação da moral combativa e do sucesso da luta de libertação nacional. Guebuza é parte indissociável do processo da travessia do Rovuma, do Lúrio, do Lugenda, do Luenha, do Messalo, do Luambala, do Munduzi, do Licungo, do Zambeze e de todos os outros rios da nossa libertação. Ele e os seus companheiros, apenas por estes feitos impossíveis de serem emulados de novo, merecem que os seus nomes honrem hoje e sempre as avenidas grandiosas que continuaremos a construir, as pontes majestosas que continuaremos a construir, as cidades de futuro que nos propomos fundar, as universidades da nossa libertação. Não posso, pois, concordar com Castel-Branco quando diz que para essas grandiosas obras não serve o nome de nenhum moçambicano, vivo ou morto. Diferentemente de umas poucas pessoas a quem falta o sentido de auto-estima, a maioria dos Moçambicanos orgulham-se do Moçambique que se vislumbra e eles vêem nos espelhos que se formam nas lagoas, riachos, rios e lagos deste belo país. E o Moçambique que muitos de nós vemos não é abstracto. Eu próprio corporizo esse Moçambique. Castel-Branco é parte desse Moçambique. As minhas obras, os meus fracassos são constitutivos desse Moçambique. A “carta” zangada de Castel-Branco revela esse Moçambique diverso. E muitos de nós temos imenso orgulho em tudo isso. E para manifestar esse orgulho seleccionamos algumas das nossas melhores obras e os seus principais impulsionadores para serem o símbolo da nossa grandeza de hoje e de amanhã. Essas acções e esses homens podem e hão-de continuar a emprestar os seus nomes às inúmeras pontes que continuamos a construir. Queremos, apesar de vocês, imortalizar nossa história com obras moçambicanas, com nomes moçambicanos.

Julgo importante destacar algumas linhas de força patentes na “carta” de Castel-Branco. A primeira toma forma num mal disfarçado azedume, quiçá filho de despeito, em relação à figura de Armando Emílio Guebuza e suas opções de governação. É um azedume tão cego e injusto que, apesar de bastante longo, o seu artigo não faz a mínima tentativa de fundamentar. A segunda é o recurso a alegações infundadas para patentear a sua manifesta falta de consideração com a figura do Chefe de Estado. Uma dessas alegações é a de que Guebuza está a enveredar pela via do culto de personalidades. O Culto da Personalidade ou Culto à personalidade é uma estratégia de propaganda política baseada na exaltação das virtudes - muitas vezes supostas - do governante. O culto inclui cartazes gigantescos com a imagem do líder, constante bajulação do mesmo por parte de meios de comunicação e perseguição aos dissidentes do mesmo. Guebuza não precisa de inventar virtudes porque tem obra feita. A maioria dos jornais e outros órgãos de comunicação estão prenhes de críticas à governação de Guebuza. O facto de Castel-Branco ter publicado sua carta dissidente nos blogues, no Canal de Moçambique, no Magazine Independente e continuar tranquilamente a exercer as suas actividades de docência, investigação e consultoria é prova bastante de que a dissidência não é perseguida em Moçambique. Em minha opinião o que há em Moçambique são processos de análise da vida política centrados na personalidade do governante.
A própria carta de Castel-Branco é um exemplo de como se avalia um governo pela pessoa do político. E isto é negativo. Não se avalia um governo pela pessoa do político. Para avaliar um governo, é preciso deixar de lado as características pessoais e verificar a que interesses estas políticas atendem e a quem atendem principalmente. E, para avaliar estas políticas, temos parâmetros: o projecto de sociedade que queremos construir, as políticas que podem ser feitas para levar a este projecto. O nosso critério não é “Guebuza” ou “Chissano” ou “Samora”. Quem usa este critério pratica o velho “culto à personalidade”. Ou o “ataque à personalidade” que não é uma prática menos viciosa que a primeira.

Mostrando desvelo e preocupação pelo futuro político de Guebuza, Castel-Branco sentenceia que “politicamente, ele (Armando Guebuza) perde mais com isto do que ganha” e expessa, por fim, o seu ardente desejo de que a FRELIMO perca as eleições e o poder. Podemos tranquilizar e, ao mesmo tempo, desiludir o zangado articulista informando-o que a imagem e o prestígio de Guebuza e da FRELIMO estão bastante bem protegidos. A imagem de Guebuza combatente, a imagem de Guebuza promotor de um desenvolvimento integrado centrado no distrito, a imagem de um Guebuza apostado em resgatar o moçambicano da aldeia mais remota da abjecta miséria para a modernidade está na memória do povo.

Retirado do blog vozdarevolucao.blogspot.com/

terça-feira, 11 de agosto de 2009

DESABAFOS DE UM BEIRENSE PARTE II

Conforme prometido na edição anterior, hoje é o segundo duma série de 3 artigo que têm por objectivo fazer uma Reflexão profunda sobre os relatos do Beirense Manuel Fogão no blog do Reflectindo.

“Reflectindo
eu sempre manifestei publicamente o meu apoio ao Davis.
Eu subia camiões do municipio e ia fazer campanha em vários bairros da cidade.
Nunca vi a sua cara quando a Renamo lançava pedras contra os nossos carros, nunca te vi a colar panfletos. Eu fui agredido pelo Arnaldo,atual chefe da liga juvenil da renamo.
Voces so aparecem agora, nos tempos das vacas gordas, para tentarem ser deputados.
São voces que enganaram o Davis a se candidatar no momento impróprio e deixar a beira abandonada.
Eu nunca li esse relatório da AWEPA, so estou a dizer aquilo que está a acontecer na minha cidade. Estou a dizer aquilo que os meus amigos da zona dizem. Do lado esquerdo e atras do meu prédio é so capim, em frente está uma estrada totalmente esburacada e cheia de lixo. No dia que vieres a Beira, venha visitar o prédio Zona Verde para confirmares com os teus próprios olhos.”

Manuel Fogão

Deste artigo podem-se retirar 4 principais conclusões:
1. Que o MDM utiliza meios do Município da Beira para fazer trabalho politico. “Eu subia camiões do municipio e ia fazer campanha em vários bairros da cidade.”
2. Há consciência de que o MDM é composto, maioritariamente, por pessoas com ambições individuais. “Voces so aparecem agora, nos tempos das vacas gordas, para tentarem ser deputados.”
3. Ha a percepção de que o Daviz abandonou os beirenses para satisfazer interesses pessoais. “São voces que enganaram o Davis a se candidatar no momento impróprio e deixar a beira abandonada.”
4. Existe a precepção de que a Beira está a degradar-se por falta de tempo por parte do seu edil.

Nuno Amorim

sexta-feira, 24 de julho de 2009

DESABAFOS DE UM BEIRENSE

Inicio hoje uma série de 3 artigo, que têm por objectivo fazer uma Reflexão profunda sobre os relatos do Beirense Manuel Fogão no blog do Reflectindo.

I
“Esse Catigo Guerra não deve viver na Beira. Se vive na Beira deve ser um dos saquazes do Davis, que recebe dinheiro para fazer propagandas dele. Ou um daqueles jornalistas que estão sempre a beber wisky com Davis e Carvalho.
Eu gostava de viver na Beira, no ano passado não havia lixo e muito menos buracos. Eu apoiei e defendia Davis em todos momentos, porque o trabalho dele era muito bom.
Agora Beira vai de mal a pior. No meu bairro pioneiro ha mais capim que estradas, a reabilitação da avenida eduardo mondlane está estagnada. Em frente ao meu prédio,(prédio zona verde, nos pioneiros), ja não se respira de tanto lixo.
Ontem estive a conversar com meus amigos no murro do prédio e vi que muitos deles estavam decepcionados com o Municipio.
Estou a escrever para o bem do Davis, se quer ganhar eleições é melhor trabalhar um pouco mais. Com tantos murmurios, é possivel que perca na própria Beira.”
Manuel Fogão.
Artigo retirado do blog do Reflectindo

Esse relato vem confirmar o patente no último artigo publicado pela AWEPA, relativamente ao balanço dos primeiros quatros meses do segundo mandato do Daviz Simango.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Expansão do Ensino Superior

Tenho assistido a debates apaixonados em torno da expansão do ensino superior pelo país.

Sinto que, mais do que estarem preocupados com a qualidade do ensino, muitos bloguistas estão a fazer aquilo que Frank Parkin apelidou de fechamento social por exclusão, que consiste em haver uma monopolização de acesso a recursos e oportunidades por parte de determinados grupos, que exclui todos os outros grupos de acederem a estes recursos e oportunidades.

Os diplomas do ensino superior constituem uma das principais condições para que os privilégios e a dominação de classes sejam legalmente assegurados, e as classes dominantes têm a consciência que com a liberalização do ensino superior as suas posições de liderança poderão ser usurpadas.

Sinto, nos debates que tenho sobre esta matéria, que muitos temem a expansão do ensino superior por causa da concorrência profissional. O discurso é: “se for único Arquitecto em Nampula, a procura pelos meus serviços estará em altas e consequentemente cobrarei um preço elevado por eles. Se formos 1.000 Arquitectos, provavelmente a oferta será superior a procura e o preço a cobrar pelos nossos serviços serão baixo. “Maldita lei da oferta e procura.”

Aliás, esse tem sido o papel das ordens. Elas procuram dificultar, ao máximo, o acesso as suas profissões.

Alguns alicerçam-se na falta de emprego para tantos quadros com formação superior. Para mim a questão do emprego é um falso debate, porque o país ainda tem um défice muito elevado de quadros com formação superior. O grande problema é que todos querem trabalhar nas grandes cidades.

Assisti a debates que induzia-nos a pensar que colocar um PHD em Agricultura em Gurué era marginalizá-lo. Em minha modesta opinião, o país sairá a ganhar no dia em que tivermos vários PHDs, Doutores, Mestres e Licenciados espalhados pelo país. Sugiro que primeiro produzamos a quantidade para depois retirarmos a qualidade.

Sou a favor da expansão responsável do ensino superior, sinto que é da quantidade que poderemos retirar a qualidade. Recordo-me que a maior parte dos professores da UEM eram licenciados e hoje, provavelmente, até os professores assistentes são, no mínimo, mestres.


Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim

terça-feira, 7 de julho de 2009

AWEPA E CIP DÃO NOTA NEGATIVA AO DESEMPENHO DO DAVIZ SIMANGO

A AWEPA, Parlamentares Europeus para África e a CIP, Centro de Integridade Publica, duas reputadas instituições no panorama politico nacional, juntos publicam o Boletim sobre o processo politico nacional, que na sua ultima edição contempla um artigo dedicado ao municipio da Beira.

As duas instituições consideram que o deesempenho do Daviz, nos primeiros 4 meses do seu segundo mandato é bastante decepcionante.

Para não influenciar a avaliação dos amigos bloguistas vou publicar, na íntegra, o referido artigo.

“No seu primeiro mandato (2004-2008), o edil da Beira, Daviz Simango, foi premiado por vários organismos internacionais por boa gestão e liderança municipal. Ao fim de 4 meses de governação, a qualidade da governação baixou comparado com igual período do primeiro mandato. Há uma progressiva degradação das estradas asfaltadas ou terraplanadas. Os buracos estão a deixar evidente a falta de manutenção das rodovias, ao mesmo tempo que numerosas ruas de terra batida, sobretudo na zona industrial dos Pioneiros, Alto da Manga, Manga Mascarenha, Inhamudima, Macúti e Maquinino, estão a dar lugar ao capim, que as torna intransitáveis. Por exemplo, na zona da Manga as ruas 3.251, 3.266, 3.303 (antiga rua seis), 3.326, 3.332, 3.333, 3.321 e 4.018 estão completamente mergulhadas numa sucessão de buracos. O mesmo acontece com as ruas do Algarve e Comandante Diogo de Sá, nos Pioneiros; a rua Capitão Pais Ramos, no Esturro, ou as ruas Aires de Ornelas, Companhia de Moçambique e Belgrado da Silva, na Baixa. Na Chota, o prolongamento da avenida 24 de Julho está péssimo. Nem mesmo a avenida Eduardo Mondlane, cujas obras de reabilitação começaram em meados do ano passado, com promessa de terminarem em poucos meses, conseguiu até agora ser exemplo de trabalho feito: a conclusão dos trabalhos não se vislumbra para tão já!
Paralelamente às estradas, há o problema do lixo, que já fica acumulado durante vários dias nos passeios (como se pode verificar na avenida Armando Tivane ou na rua Companhia de Moçambique), contrastando com a situação que se registava, por exemplo, há dois anos. A recolha agora é menos regular. Os vendedores de rua, que o Conselho Municipal da Beira se comprometeu a eliminar, através da indicação de espaços apropriados para a instalação dos mesmos, continuam a ser uma dor de cabeça tanto para a circulação de peões nos passeios (vejam-se os exemplos da rua Correia de Brito ou avenida Armando Tivane) como de automobilistas.
O presidente do Conselho Municipal diz que a autarquia não tem dinheiro próprio para custear as obras de reabilitação das estradas. Isto é verdade mas há o problema de ausências, por causa do trabalho politico do edil que é também o presidente e candidato presidencial do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Podia ser diferente se o edil tivesse mais tempo para se dedicar ao município? Provavelmente os meios fizessem mais diferença que a presença em si.”

Nuno Amorim

Desempenho do Daviz Simango começa a ser questionado pelos Beirenses

Segundo semanário Savana de 2 de Julho, os últimos relatórios da cidade do Chiveve, em matéria urbana não são os mais simpáticos para o bom do Daviz. Como na parábola da manta curta, o homem está a todo o vapor no MDM acaba por se esquecer dos buracos e dos lixos da Beira. O que é mau, sobretudo para os que confiam no homem na segunda cidade do país.

O mau desempenho do Daviz Simango, neste segundo mandato, ja tinha sido avançado pelo jornal Diário de Moçambique. A novidade é o facto do semanário savana, um semanário Pro Daviz, também evidenciar este mau desempenho do jovem edil da Beira.

Noticias vindas da Beira dão conta que as ruas dos bairros da Manga, Chipangara e Munhava estarem completamente instransitaveis devido ao excesso de lixo e buracos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

JUSTA HOMENAGEM A ARMANDO GUEBUZA

O Governo de Moçambique decidiu atribuir o nome de Armando Guebuza a mais importante ponte rodoviária nacional, que ligará o país através das provincias de Sofala e Zambézia.

Concordando com Lourenço Jossias, editor do Semanário Magazine Independente, questionar a atribuição desta grande obra de engenharia ao actual timoneiro do nosso país é mesmo que recuzar-lhe o mérito de entre muitas coisas boas, ter sido ele dinamizador da construção e conclusão deste instrumento de desenvolvimento e de unidade nacional.

Segundo o Jossias, os desatentos que abundam em Moçambique não se lembra que foi fixada a ponte sobre o Zambeze, a entrada da cidade de Tete o neme de Samora Machel quando este ainda estava vivo, por decisão soberana do Governo.
O mesmo Governo que nos anos mais tarde decidiu atribuir o nome de Joaquim Chissano ao maior centro internacional de conferencia de Moçambique. Chissano estava no poder quando esta decisão foi tomada e não consta que alguem tenha colocado a questão do culto da personalidade.

Segundo o Semanário Magazine Independente, Armando Guebuza fica marcado, neste mandato, por ser um homem de palavra, no sentido de que ele deixa obra feita. Ele produz resultados.

Nesse prisma, ACHO QUE É JUSTO HOMENAGEÁ-LO ATRIBUINDO O SEU NOME A PONTE SOBRE O ZAMBEZE, INCENTIVANDO AOS PRÓXIMO PRESIDENTE PARA QUE FAÇAM OBRAS DE GRANDES VULTO, DEIXANDO ASSIM OS RESPECTIVOS NOMES NA HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE

quarta-feira, 1 de julho de 2009

MOÇAMBIQUE É EXEMPLO DE BOA GOVERNAÇÃO

O Fórum Crans Montana destinguiu no dia 26 de Junho de 2009 em Bruxela, na Bélgica, o Presidente Armando Guebuza e sua esposa, Maria da Luz Guebuza.

Segundo o presidente do Fórum Crans Montana,Jean-Paul Carteron, este pémio é o reconhecimento pelo bom trabalho que o casal Guebuza tem feito ao nivel social e económico.

Jean-Paul Carteron chegou a convidar o mundo para vir a Moçambique para ver o impacto das obras do casal Guebuza ao nivel social e económico.

Numa altura onde assistimos a grandes convulções políticas ao nivel de vários paises Africanos e da América Latina, enche-nos de alegria o facto de dois moçambicanos, empenhados no bem estar social, serem agraciados com prémios de organizações de reconhecido mérito.

Importa realçar que normalmente este prémio não é atribuido a individualidades africanas.

Na mesma cerimónia foram destinguidos o Presidente Norte Americano, Barack Obama, a Rainha da Bahrein e os Primeiros Ministros da Turquia e Luxemburgo.

Nuno Amorim

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Qualidade da Imprensa em Moçambique

Adorei o debate que a STV passou na noite do dia 2.06.09. Pareceu-me que os jornalistas reconheceram que praticam um jornalismo medíocre.
Salva raras excepções, boa parte do nosso jornalisno tem fraca qualidade. Os mais recentes sensacionalistas são uma aberração.
O primeiro passo está dado, reconhecer que o que fazem é mediocre, agora falta corrigir.
O exemplo dado pelo Lázaro Mabunda foi interessante, FAZER DO RUMOR UMA NOTICIA. Pegarem uma carta anónima e transforma-la em noticia.

Parabéns Lázaro Mabunda

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Contratação de Médicos Americanos

Sobre esta matéria, que tem feito correr muita tinta, alguns dos meus compatriotas imbuídos de espírito imperialista têm escrito muitas baboseiras.

A contratação de mão de obra estrangeira é algo bastante simples, o que faz-me concluir que o imbróglio que envolve a MINTRAB e a embaixada americana resulta pura e simplesmente da arrogância dos americanos. "claro, dono do mundo”

Muitas empresas e organizações não governamentais têm contratado diariamente mão de obra estrangeira. O artigo 33 da lei 23/2007 de 1 de Agosto especifica, com muita clareza, quais são as condições para contratação de mão de obra estrangeira. Este processo não leva mais que três meses.

Para partilhar com os amigos bloguistas, transcrevo na integra o que diz o referido artigo.

"ARTIGO 33
(Condições para contratação de trabalhador estrangeiro)
1. O trabalhador estrangeiro deve possuir as qualificações
académicas ou profissionais necessárias e a sua admissão só pode
efectuar-se desde que não haja nacionais que possuam tais
qualificações ou o seu número seja insuficiente.
2. A contratação de trabalhador estrangeiro, nos casos em que
carece de autorização do Ministro que superintende a área do
trabalho, faz-se mediante requerimento do empregador,
indicando a sua denominação, sede e ramo de actividade, a
identificação do trabalhador estrangeiro a contratar, as tarefas a
executar, a remuneração prevista, a qualificação profissional devidamente comprovada e a duração do contrato, devendo este
revestir a forma escrita e cumprir as formalidades previstas em
legislação específica.
3. Os mecanismos e procedimentos para contratação de
cidadãos de nacionalidade estrangeira são regulados em
legislação específica."

Posto isto, aptece-me perguntar:
1. Será assim tão difícil cumprir com as regras acima enunciadas?
2. porque será que os americanos querem, a todo custo, enviar tais médicos? Será que querem utilizar-nos como cobaias?

Vi com muita tristeza a entrevista com a adida de imprensa da embaixada norte americana. Provocou-me nojo a arrogância que emanava das palavras dessa ilustre desconhecida.

É pecado ser pobre com orgulho e autoestima?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

AINDA SOBRE A GRIPE A

Sintomas e diagnóstico da gripe A “suína”
Saiba quais os sintomas da gripe suína e as principais recomendações.
A DGS recomenda a viajantes que se desloquem para regiões afectadas
- Lavagem frequente das mãos, com água e sabão, para reduzir a probabilidade de transmissão da infecção.
- Cobrir a boca e nariz quando espirrar ou tossir, usando lenço de papel sempre que possível.
-Utilizar lenços de papel, que devem ser de uso único, depositando-os num saco de plástico que deve ser fechado e colocado no lixo após utilização.
- Limpar superfícies sujeitas a contacto manual (como maçanetas das portas) com um produto de limpeza comum.
- O cumprimento destas indicações é muito importante igualmente em crianças.
SINTOMAS
Febre repentina, mais de 38° C., tosse intensa, dor de cabeça e de articulações intensa, falta de apetite, congestionamento nasal e mal-estar geral.
DIAGNÓSTICO
Através de um "exame clínico detalhado", que analisa secreções de nariz e laringe durante as primeiras 24-72 horas, e de sangue para identificar anticorpos.
TRATAMENTO
Nos casos confirmados, as autoridades mexicanas fornecem os antivirais Oseltamivir e Zanamivir, mas sob estrita supervisão médica já que são fórmulas «de uso delicado» e uma má aplicação «não está isenta de efeitos secundários».
MEDIDAS PREVENTIVAS
Usar máscaras sanitárias. Não apertar a mão, não beijar ao cumprimentar uma pessoa, não partilhar alimentos, arejar casas e escritórios, permitir a entrada de luz solar, manter limpas as casas-de-banho e cozinhas e os artigos de uso comum, como telefones, brinquedos, etc.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

ANGOLA INSPIRA-SE EM MOÇAMBIQUE

Angola inspira-se em Moçambique

Infelizmente muitos Moçambicanos, por falta de auto estima, não dão valor as suas obras.
É verdade que ainda existe um longo caminho por percorrer para satisfazer as necessidades básicas dos Moçambicanos, que passam desde garantir saúde e educação para todos, melhorar as vias de acesso, garantir água e habitação. No entanto, é justo reconhecer que demos passos gigantescos em vários domínios.
Por exemplo, a lepra já não é um problema de saúde publica, a educação e saúde estão cada vez mais próximos da população, a ponte do zambeze já é uma realidade, Cahora Bassa é nossa, etc, etc.

Sinto-me orgulhoso e lisonjeado sempre que a comunidade internacional tem reconhecido e premiados os moçambicanos que se destacam na luta pelo bem estar dos seus irmãos. J. Chissano, Luisa Diogo, Armando Guebuza e muito recentemente a esposa do Presidente da República foram disso o exemplo.

Ainda recentemente, o grupo dos 19 países e instituições internacionais que apoiam o Orçamento do Estado fizeram uma avaliação positiva das acções que vem sendo implementadas pelo governo no território nacional, tendo decidido continuar a apoiar o Orçamento de Estado.

O último reconhecimento internacional foi feito pelo Ministro Angolano do Território, Virgilio Carvalho Pereira, que disse que Angola quer se inspirar no modelo de Moçambique para a criação das suas autarquias.

Segundo o Ministro Angolano, o seu país está a seguir os passos que os levaram ao modelo de Moçambique, tendo atenção o gradualismo no modo como são institucionalizadas as autarquias e a sua classificação.

De facto o modelo Moçambicano, escolhido e implementado pelo Moçambicano, é exemplar. O gradualismo na transferência de competências do Governo Central para os Governos Provinciais, Distritais e Municipais parece obra duma ciência exacta. Lembro que começamos com 33 autarquias e agora são 43. Os critérios para escolha das autarquias foram “cientificamente” justificados.

A implementação do FIL, a atribuição de competências para contratações ao nível local, a descentralização administrativa, o envio de técnicos qualificados para os distritos são exemplo de que realmente Moçambique está no caminho certo.

Recordo-me de ter ouvido um Moçambicano dizer que não estava a compreender porque estávamos a sobre valorizar o Mambas, tendo em conta que ainda não estava apurada para o CAN e Mundial. Ele esqueceu-se que grandes potências, como Angola, Africa do Sul, Cabo Verde e outras, não conseguiram chegar a fase em que Moçambique está.

VAMOS DAR MAIS VALOR AS NOSSAS CONQUISTAS.

Viva a auto estima!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gripe "Suína"

Sobre a Gripe Suína, transcrevo na integra o artigo do Professor João Vasconcelos Costa.
Espero que ajude os meus patrícios a entenderem um pouco mais sobre esta gripe que poderá transformar-se numa grave pandemia mundial.

A gripe (I)
Provavelmente só porque é fim de semana é que os meus amigos, conhecendo-me como virologista, ainda não me questionaram sobre a gripe "suína". Infelizmente, o termo é errado. No caso da gripe aviária que apareceu há poucos anos, houve infecção de algumas centenas de humanos, mas sem que o vírus pudesse passar desses humanos a outros. Agora é diferente.
De suína, esta gripe só tem a origem. De facto, ela é bem humana. Na história da gripe, o aparecimento das grandes epidemias mundiais (pandemias) foi quase sempre por adaptação ao homem de vírus suínos da gripe. Por isto, as expectativas em relação ao vírus aviário H5N1 (sigla que identifica os dois principais antigénios do vírus, e que definem se temos ou não imunidade contra ele) eram a de, com alguma probabilidade, na situação do Extremo Oriente de grande concentração conjunta de aves, porcos e humanos, o vírus aviário H5N1 passar para o porco e deste para o homem, adquirindo capacidade de transmissão homem a homem.
Afinal, como tantas vezes acontece na emergência de novos vírus, a situação foi surpreendentemente diferente. O que aparece é um novo vírus humano - insisto, humano, transmissível de homem a homem - com origem no porco mas no outro lado do globo, no México. Também não é um H5N1 e por isto, como eu e muitos escrevemos na altura, era tolice investir em vacinas contra um vírus que ninguém sabia o que viria a ser - mas sim um H1N1, desaparecido da história da virologia há quase um século. Foi o tipo de vírus que causou a terrível pandemia de 1918, a espanhola, que matou mais gente na Europa do que a guerra mundial que tinha terminado pouco antes. É certo que tem havido, nos últimos invernos, algumas infecções com H1N1, mas não é o tipo hoje mais vulgar e nada garante que o novo vírus seja neutralizado por vacinação com os últimos H1N1 circulantes.
Hoje, os dados oficiais mexicanos revelam cerca de 1300 infectados com 81 mortes, uma taxa de letalidade já considerável. Também já há casos nos EUA. O que significa isto? Não quero ser alarmista, mas os meus leitores têm o direito ao que de mais objectivo eu, especialista, possa dizer.
Considero uma situação muito preocupante, porque estamos perante condições muito diferentes do que eram as tradicionais na emergência de novas pandemias de gripe. A sua origem não é em zonas rurais da Ásia mas sim numa área metropolitana de 20 milhões de pessoas, em estreito contacto favorecedor de transmissão por via respiratória. Em segundo lugar, os vírus hoje viajam de avião. Finalmente, como disse atrás, trata-se de um tipo de vírus contra o qual há dezenas de anos que não há qualquer resistência imune nem há vacinas rapidamente disponíveis.
Que fazer, em Portugal? Para já, a nível individual, nada. A nível das autoridades de saúde, vigilância, controlo a nível de medicina das viagens, planeamento desde já de condições de hospitalização e isolamento de milhares de possíveis doentes (atenção, vai ser a esta escala, transformando a FIL em hospital). O que faria agora eu, como indivíduo? Obviamente, cancelar qualquer viagem marcada para o México ou para o sul dos EUA. Informar-me junto do meu médico sobre todos os sinais de alerta, os sintomas da gripe, que muita gente confunde com os de uma vulgar constipação. Se começar a haver casos em Portugal, usar máscara, deixar de frequentar locais com muita gente, isolar em casa, como prisioneiros, os nossos pais septuagenários. E, se a religião ajuda, rezar frequentemente.
Mas também ter em conta que o mesmo progresso e actual modo de vida que nos vai trazer o vírus de avião também vai permitir o diagnóstico muito precoce da doença, a produção limitada mas razoável de medicamentos e de vacinas.
P. S. - Já imagino o que vai haver por aí de pânico em relação ao consumo de carne de porco! Mesmo que a gripe fosse suína, não era pela carne que se transmitiria. Mas, como chamei a atenção, "suína" é neste caso uma referência enganosa, tem a ver só com a origem. Quem a vai ter são os humanos, não os pobres suínos.
P. S. (21:30) - Últimos dados (não confirmados nos "sites" oficiais): cerca de 20 casos nos EUA, detectados já alguns casos no Canadá, no Japão e na Nova Zelândia. Também alguns casos (1 confirmado, 17 suspeitos) já aqui ao lado, na Espanha.

A gripe (II)
Últimos dados, 27 de Abril, ao fim da noite.
Casos confirmados/suspeitos: Espanha, 1/20; Reino Unido, 2/5; Bélgica, 0/6; Suíça, Suécia e Dinamarca, 0/5; Canadá, 6/12; Brasil, 0/2; Colômbia, 0/9, Coreia do Sul, 1/0. Nos EUA, 40 casos confirmados (ontem 20). No México, 1600 casos, 149 mortes (ontem 1300, 81). Embora com números ainda diminutos, é já mesmo uma pandemia declarada, no sentido do aparecimento de casos em todos os continentes.
A OMS passou a situação de alerta de grau 3 (em 6) para grau 4 e considera que a pandemia está iminente, sendo apenas uma questão de tempo. Considera também que não vai ser viável a contenção da doença (isto é, o o confinamento dos doentes) em situação de pandemia e que a estratégia deve ser a de “mitigação” (tratamento, vacinação se e quando possível).
Entretanto, a Ministra da Saúde vem afirmar que não há razão para alarmes. Porque ainda não há nenhum caso em Portugal. E amanhã, quando aterrar o próximo avião vindo do México? A ministra está mal aconselhada, faz uma declaração ambígua e perigosa, que só se pode fazer quando há a certeza de um controlo da situação. Neste momento já não há e o risco é o de, com declarações destas, quando a situação for catastrófica, e pode bem ser, ninguém acreditar no que então a ministra tiver de dizer. O que devia ela dizer agora?
1. É muito provável que venhamos a sofrer, como todo o mundo, uma pandemia global contra a qual nem o país mais evoluído em saúde pode fazer nada. Vamos é tentar minimizar as consequências.
2. Não vamos dar expectativas irrealistas, como nenhum país pode dar, de que vai haver alguma imunidade, de que é certo que vamos poder vacinar, de que vamos poder tratar a doença. Ninguém sabe, com rigor científico, o que vai ser esta pandemia.
3. Entretanto, enquanto não temos nenhum caso, vamos estar no maior nível de alerta, nos aeroportos, no acompanhamento de viajantes regressados do México, na capacidade de isolamento de doentes, enquanto forem poucos casos.
4. Com a maior honestidade, não vamos transmitir à opinião pública a ideia de que não há razão para preocupação. Não se gerar alarme, sim, porque não adianta nada, mas mostrar que se domina cientificamente e tecnicamente a situação. Começar já a aconselhar os comportamentos de defesa, anunciar medidas gerais a tomar oportunamente (encerramento de estabelecimentos, anulação de concentrações humanas, uso de máscaras, confinamento de idosos, etc.)
Entretanto, a China e a Rússia proibiram a importação de carne suína do México. Estupidez criminosa. Estupidez por si própria, enormidade científica em relação aos pobres animais que apenas se limitaram a passar a gripe aos humanos e só por via respiratória, nada a ver com as febras; criminosa porque desvia as preocupações populares para o que não faz sentido. Será coincidência que isto venha desses lados? Bem gostaria de não misturar ideologia com tudo isto, mas parece-me que aqueles países ainda sofrerão muito para saírem do esquema estalinista.
P. S. - Ouço nas notícias que, amanhã, há cerca de 400 portugueses prontos a partir de avião para passar férias no México. Uma pessoa diz que economizou muito para estas férias e que não se vai aproximar de porcos. Outras, não estes viajantes, dizem que pelo seguro não vão comer carne de porco. Este país está louco?
E ouço Obama, com a vantagem da clareza da língua inglesa: "it's not a case for alarm, but it's a case for concern". Não é o que tentei escrever nesta nota?
P. S. 2 - Era bom que se deixasse cair definitivamente esta designação de gripe suína. Não é uma questão de requinte terminológico, é que tem consequências práticas, incluindo a preocupação de muitas pessoas em relação ao consumo de carne de porco. Todas as grandes pandemias de gripe tiveram origem no porco, como esta (em alguns casos, como agora se esperava, na Ásia, com passagem prévia das aves para o porco): a espanhola, a asiática, a de Hong Kong. Esta, actual, é também uma doença já estabelecidamente humana, que de suína só tem a origem. Sugiro que se passe a falar sempre de GRIPE MEXICANA.
P. S. (28.4.2009, 19:09) - A OMS também sugere que não se use mais a designação de "gripe suína". O que não tinha era de seguir a minha sugestão e propõe "nova gripe", em vez de "gripe mexicana". Não gosto muito, não é a tradição virológica, mas compreendo o cuidado com as susceptibilidades nacionais. Hoje já apanhei muita bordoada de uma leitora mexicana do Público. Portanto, também vou adoptar esta designação, "nova gripe".

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terça-feira, 31 de março de 2009

HENRIQUES BONGESSE ELEITO 1º SECRETÁRIO DO COMITÉ PROVINCIAL DA FRELIMO EM SOFALA

HENRIQUES BONGESSE ELEITO 1º SECRETÁRIO
DO COMITÉ PROVINCIAL DA FRELIMO EM SOFALA
Beira (O Autarca) – Henriques Bongesse foi escolhido esta madrugada 1º Secretário do Comité Provincial da Frelimo em Sofala, em substituição de Lourenço Ferreira Bulha, que nos finais do mês passado viu o seu mandato suspenso pela Comissão Política do Partido que alegou procedimentos disciplinares.
A eleição de Henriques Bongesse aconteceu no decurso da primeira conferência extraordinária do Comité Provincial da Frelimo em Sofala no decurso deste ano, e encerra o processo iniciado nos princípios deste mês visando a revitalizacão dos órgãos do partido neste ponto do País.
Bongesse que actualmente ainda ocupa a posição de Administrador do Distrito de Marromeu, é um militante que partiu dos órgãos de base do partido Frelimo há já bastante tempo, tendo igualmente pertencido o exército nacional.

O seu nome já vinha sendo veiculado como o mais provável sucessor de Lourenço Bulha, embora nos últimos dias houvesse quem também defendesse a era da intelectualização da liderança da Frelimo em Sofala, depois da eleição semana passada do Professor Doutor Jó Capece para o cargo de 1º Secretário do Partido ao nível da Cidade da Beira. Contudo, o facto de tanto Capece quanto Bongesse ambos pertencerem a etnia Sena, não fugiu aos comentários que já davam conta da intenção dos órgãos superiores do partido de massenizar a sua liderança em Sofala, para contrapor a influência que a oposição goza no seio dos Ndaus. Nas suas primeiras declarações à imprensa, o novo 1º Secretário da Frelimo em Sofala, Henriques Bongesse, reconheceu que a missão que se lhe espera constitui um desafio grande. No entanto, minimizou defendendo que com o apoio incondicional de todos os membros e militantes do partido tal desafio poderá ser menor.

Entretanto, o anterior 1º Secretário Provincial da Frelimo em Sofala, Lourenço Ferreira Bulha, solicitado pelo nosso jornal a pronunciar-se em relação a sua substituição por Henriques Bongesse, disse não ter qualquer comentário. Lourenço Bulha, embora a sua retirada do cargo tivesse sido decidida pela Comissão Política, num ambiente que certamente o deixou marcado, a semelhança dos restantes membros do seu secretáriado afectados pela medida, tem se revelado um homem firme e comprometido com os princípios da Frelimo._ (Redacção)
Autarca, 31 de Março de 2009

Adenda: O último paragrafo fez-me reflectir relativamente a maturidade dos membros da Frelimo. Lourenço Bulha, embora suspenso, continuou a apoiar incondicionalmente o seu partido. Na Frelimo os membros sabem que não é necessário estar num cargo de direcção para executar as actividades dos membros. Marcelino dos santos e Mariano Matsinha são disso o exemplo.
Recordo-me que Daviz Simango fundou o próprio partido por ter sido proibido de concorrer ao cargo de Presidente do Município. Esta atitude provou a falta de disciplina partidária e excesso de ambição; ou seja, não estava na Renamo por comprometimento com os seus princípios, mas sim por ambição de alcançar a liderança do partido para depois candidatar-se a Presidência da República.